SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tribunal federalista ratificou, nesta segunda-feira (30), o veredicto de um júri que determinou ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o pagamento de US$ 5 milhões (R$ 30,9 milhões) no caso em que o republicano é réu de ataque sexual e mordacidade da escritora E. Jean Carroll.
O 2º Tribunal de Apelações dos EUA rejeitou de forma unânime o argumento apresentado pela equipe de Trump de que o julgamento e o veredicto foram injustos porque o juiz não deveria ter permitido o testemunho de duas mulheres que afirmaram terem sofrido abusos sexuais por secção dele.
O júri de Novidade York concluiu em maio do ano pretérito, depois um julgamento de nove dias, que o presidente eleito abusou sexualmente de Carroll em uma loja de Manhattan em 1996.
O caso ocorreu por volta de 1996 em um provador da loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan, onde Carroll, agora com 81 anos, disse que Trump a estuprou. O líder republicano diz que as acusações não passam de farsas.
Um júri federalista considerou Trump responsável por ataque sexual e mordacidade da escritora E. Jean Carroll, mas não por estupro. Ainda assim, o juiz que supervisionou o processo afirmou depois que, devido à estreita definição lítico de estupro de Novidade York, o veredicto do júri não significava que Carroll havia “falhado em provar que o Trump a ‘estuprou'”.
O júri decidiu ainda que Trump deve remunerar US$ 5 milhões a Carroll pelos danos causados, sendo que US$ 2 milhões por agressão sexual e US$ 3 milhões por mordacidade.
O republicano recorreu da decisão, argumentando que os depoimentos de duas mulheres que afirmaram terem sofrido abusos sexuais por secção dele eram inválidos.
No entanto, o pintura de juízes discordou. “Concluímos que o senhor Trump não demonstrou que o tribunal de região cometeu erros em nenhuma das decisões contestadas.”
O tribunal afirmou que as evidências, incluindo Trump se gabando de sua proeza sexual em um vídeo do “Access Hollywood” que surgiu durante a campanha presidencial dos EUA em 2016, estabeleceram um “padrão de conduta repetido e idiossincrático” consistente com as alegações de Carroll.
“Outrossim, ele não cumpriu sua obrigação de provar que qualquer erro ou combinação de erros reivindicados afetaram seus direitos fundamentais, uma vez que exigido para justificar um novo julgamento.”
Um júri dissemelhante ordenou em junho de 2019 que Trump pagasse a Carroll US$ 83,3 milhões por difamá-la e danificar sua reputação. Mas o republicano recorreu e conseguiu diminuir a pena.
Trump afirma que não conhecia Carroll, que a mulher “não era seu tipo”, e que ela fabricou a denunciação de estupro para promover seu livro de memórias.
Colunista da revista de voga Elle por 26 anos, Carroll trouxe o caso à tona em 2019, quando a New York Magazine publicou um trecho de seu livro. Na sua versão, ela se encontrou casualmente com Trump na loja Bergdorf Goodman da Quinta Avenida, em Novidade York, e ele a teria empurrado contra a parede e estuprado no vestiário da loja.
Naquela estação, Trump era um proeminente promotor imobiliário, e ela, uma conhecida jornalista e apresentadora de televisão.
Steven Cheung, porta-voz de Trump, disse em um expedido que os americanos “exigem um termo subitâneo à politização do nosso sistema de justiça e uma rápida repudiação de todas as caças às bruxas, incluindo a Farsa Carroll financiada pelos democratas, que continuará a ser apelada.”