A colisão entre um jato mercantil da American Airlines e um helicóptero militar, ocorrida na noite de quarta-feira (29) sobre o rio Potomac, próximo ao Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, já não é mais considerada uma operação de procura e salvamento, mas sim de resgate de corpos.
Na manhã desta quinta-feira (30), o director do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donelly, confirmou que não há sobreviventes. Segundo ele, 28 corpos já foram recuperados, sendo 27 das vítimas do avião e um do helicóptero. Com isso, os trabalhos das equipes de resgate agora se concentram na localização dos corpos restantes e na investigação das causas do acidente.
O acidente ocorreu por volta das 21h locais (23h de Brasília), quando um avião da American Airlines, operado pela subsidiária PSA, se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan posteriormente decolar de Wichita, Kansas. A avião transportava 60 passageiros e 4 tripulantes. O helicóptero militar envolvido na colisão era um Sikorsky H-60 Black Hawk, utilizado pelas Forças Armadas dos EUA, que transportava três soldados.
As investigações já foram iniciadas pelas autoridades americanas. O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que as trajetórias de voo de ambas as aeronaves eram rotineiras, ressaltando que helicópteros militares frequentemente operam na superfície do rio Potomac.
A CBS News relatou que mergulhadores recuperaram uma das caixas-pretas do avião, o que pode fornecer informações cruciais para a apuração da tragédia.
A operação de resgate mobilizou muro de 300 socorristas ao longo da madrugada. Diversos barcos e helicópteros foram acionados para facilitar nas buscas, enfrentando condições extremamente difíceis devido às baixas temperaturas da chuva, ventos fortes e trevas.
O Aeroporto Ronald Reagan chegou a suspender todas as operações, mas anunciou que a pista principal será reaberta às 11h locais (13h de Brasília) desta quinta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado do acidente muro de duas horas posteriormente a colisão e declarou estar acompanhando de perto a situação.
“Que Deus abençoe suas almas. Agradeço pelo trabalho incrível realizado por nossos socorristas. Estou acompanhando a situação e fornecerei mais detalhes à medida que surgirem”, afirmou Trump em um expedido solene divulgado pela Lar Branca.
Mais tarde, na rede Truth Social, o presidente questionou as circunstâncias do acidente e levantou dúvidas sobre a conduta da torre de controle.
“O avião estava em uma risca de aproximação perfeita para o aeroporto. O helicóptero estava indo diretamente em direção ao avião por um período prolongado. É uma NOITE CLARA, as luzes do avião estavam brilhando intensamente. Por que o helicóptero não subiu ou desceu, ou virou?”, escreveu Trump.
Ele também cobrou explicações das autoridades: “Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles viram o avião? Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada.”
O vice-presidente J.D. Vance também se manifestou sobre a tragédia:
“Por obséquio, façam uma reza por todos os envolvidos na colisão aérea perto do aeroporto Reagan esta noite. Estamos acompanhando a situação, mas por enquanto, vamos torcer pelo melhor.”
Entre os 64 ocupantes do avião, havia diversos patinadores artísticos, além de treinadores e familiares que voltavam de uma competição em Wichita. Entre eles, estavam os renomados Ievgenia Chichkova e Vadim Naumov, campeões mundiais de patinação artística.
O governo russo lamentou as mortes e confirmou que o Kremlin está acompanhando o caso. No entanto, afirmou que não há, até o momento, planos para um contato solene entre o presidente Vladimir Putin e Donald Trump sobre o incidente.
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