A antiga primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou, esta sexta-feira, que se vai afastar da vida parlamentar britânica após 27 anos no hemiciclo, que incluíram três anos como governante durante um período marcado pelo Brexit.
Em comunicado, divulgado nas suas redes sociais, May revelou que não será candidata às próximas eleições legislativas. “Foi uma honra e um privilégio servir toda a gente do círculo eleitoral de Maidenhead como deputada do parlamento nos últimos anos”, começou por referir.
“Ser deputada é servir os eleitores e sempre dei o meu melhor para garantir que respondo às necessidades da população local da região”, acrescentou, frisando que desde que deixou de ser primeira-ministra tem “gostado” de “defender causas” como o combate à escravatura e ao tráfico humano, que lhe têm “ocupado cada vez mais tempo”.
“Por isso, depois de muita reflexão e ponderação, percebi que, olhando para o futuro já não seria capaz de fazer o meu trabalho como deputada da forma que considero correta e que os meus eleitores merecem. Assim, tomei a decisão de me demitir nas próximas eleições“, anunciou.
Theresa May, de 67 anos, garantiu que irá continuar a “trabalhar arduamente” e que trabalhará com o seu “sucessor para garantir uma vitória dos Conservadores em Maidenhead”.
— Theresa May (@theresa_may) March 8, 2024
O atual primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também do Partido Conservador, descreveu May como “uma ativista incansável, uma deputada ferozmente leal ao povo de Maidenhead e a segunda mulher primeira-ministra do Reino Unido”, que “define o que significa ser funcionário público”.
“Não tenho dúvidas de que a Theresa continuará a ter um impacto positivo na vida pública”, acrescentou.
A relentless campaigner, a fiercely loyal MP to the people of Maidenhead, and Britain’s second female Prime Minister.@theresa_may defines what it means to be a public servant.
I have no doubt Theresa will continue to make a positive impact on public life.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) March 8, 2024
Theresa May tornou-se primeira-ministra em 2016, sucedendo a David Cameron, que se demitiu após os britânicos votarem em referendo para sair da União Europeia (UE).
No entanto, a governante demitiu-se três anos depois por não conseguir realizar o Brexit dentro do período estipulado.
Leia Também: Pacotes de ajuda humanitária atingem palestinos e matam 5 em Gaza