SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A vacinação contra a Covid-19 em São Paulo já está em andamento desde 17 de janeiro, quando ela começou com profissionais da saúde e depois passou para os idosos. Com a imunização em pelo curso, as novas faixas etárias e grupos específicos vêm sendo anunciadas praticamente toda semana pelo governo do estado, gestão João Doria (PSDB).
No dia 6 de maio, a primeira dose estará disponível para aproximadamente 1,4 milhão de cidadãos entre 60 e 62 anos e se completa aí o ciclo dos idosos.
Pessoas com comorbidades começam a ser vacinadas no dia 10 de maio. Entre elas estão quem tem síndrome de Down, pacientes renais em diálise e transplantados imunossuprimidos. A Secretaria Estadual da Saúde estima que 120 mil pessoas integrem esses grupos.
Também em maio, começará a imunização dos trabalhadores do transporte público: 10 mil metroviários e ferroviários serão vacinados a partir do dia 11, enquanto 165 mil motoristas e cobradores de ônibus terão a primeira dose disponível a partir do dia 18.
Veja a seguir que é preciso fazer antes de sair de casa para vacinar.
O QUE LEVAR NO DIA DA VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde afirma que é necessário apresentar um documento oficial de identificação no dia da aplicação. Se a pessoa possuir o CNS (Cartão Nacional de Saúde), conhecido como Cartão SUS, o atendimento é mais rápido. Porém, não é obrigatório.
Se a pessoa a ser vacinada não for cadastrada na base de dados do ministério, o profissional do posto de vacinação poderá registrá-la no momento do atendimento. Para isso, será necessário o número do CPF. A pasta garante que a falta do Cartão SUS não irá impedir a vacinação. Alguns municípios pedem o comprovante de endereço, assim, cheque antes de sair de casa.
CADASTRO NO SISTEMA ESTADUAL
O governo do estado recomenda que, antes da vacinação, seja feito um pré-cadastro no site VacinaJá. Para isso, será necessário informar dados como nome completo, endereço, data de nascimento, CPF, email e telefone para contato.
A Secretaria Estadual da Saúde acrescenta que essa inscrição não serve como agendamento. Entretanto, a pasta garante que o pré-cadastro agiliza o procedimento no dia da imunização e reduz o tempo de atendimento em 90%.
AGENDAMENTO
Prefeituras podem fazer algumas alterações no calendário, de acordo com a demanda ou com a oferta de vacinas disponíveis. Em alguns municípios é preciso agendar dia e horário, como em São Bernardo do Campo (ABC) ou Jundiaí (58 km de SP). Por isso, é importante que seja feita uma consulta no site da administração local para confirmação do dia e horário.
QUEM JÁ TEVE COVID
Sim. Segundo o governo estadual, mesmo aquelas pessoas que já foram contaminadas pelo novo coronavírus devem receber a vacina para garantir a imunização e a proteção adequada contra a doença.
“Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com sintomas respiratórios até a recuperação clínica total -pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que a pessoa estivesse assintomática”, diz a Secretaria da Saúde.
SEGUNDA DOSE
Depende do fabricante. No caso da Coronavac, fabricada em parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, o intervalo entre a primeira e a segunda dose varia entre 14 e 28 dias.
Se a vacina recebida for a da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford e produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o tempo entre a primeira e a segunda dose é de 12 semanas.
Por esse motivo, é essencial que o nome do fabricante esteja escrito no cartão de vacinação e que o paciente fique atento no dia de tomar a segunda aplicação, justamente para evitar que a primeira e a segunda dose sejam de laboratórios diferentes.
IMUNIZAÇÃO
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, os níveis adequados de anticorpos contra o coronavírus devem ser alcançados duas semanas após o recebimento da segunda dose.
Sobre o tempo de proteção, ainda não há estudos prontos que indiquem isso com segurança, já que se trata de uma vacina nova.
PROTOCOLOS
Antes da aplicação, a vacina deve estar conservada em local refrigerado – uma geladeira ou isopor com termômetro. Se não estiver na temperatura indicada pelo fabricante, o imunizante perde eficácia.
Em seguida, o profissional deve abrir as embalagens da seringa e da agulha na frente do paciente, para que haja certificação de que os materiais estão esterilizados. No momento da aspiração (quando o líquido passa do frasco para a seringa), o cidadão deve observar a quantidade que foi colocada: tanto no caso da Coronavac quanto do imunizante da Oxford/AstraZeneca, a dose é de 0,5 ml.
Enquanto a aplicação estiver sendo feita, o paciente ou um acompanhante deve observar o profissional apertando o êmbolo e esvaziando a seringa.
REGISTRO
É permitido que o momento da vacinação seja filmado ou fotografado, desde que não se identifique o rosto do funcionário. Em caso de problemas, o paciente pode chamar a Polícia Militar ou fazer uma denúncia no Coren (Conselho Regional de Enfermagem).
CALENDÁRIO
Grupo Data de início
Trabalhadores de saúde, indígenas
e quilombolas -17 de janeiro
Acima de 90 anos- 8 de fevereiro
De 85 a 89 anos -12 de fevereiro
De 80 a 84 anos – 27 de fevereiro
De 77 a 79 anos – 3 de março
De 75 a 76 anos – 15 de março
De 72 a 74 anos – 19 de março
De 69 a 71 anos – 26 de março
68 anos – 2 de abril
Profissionais da Segurança Pública e Administração Penitenciária 5 de abril
Profissionais da Educação
(com mais de 47 anos) – 10 de abril
67 anos- 12 de abril
De 65 a 66 anos – 21 de abril
64 anos – 23 de abril
63 anos – 29 de abril
De 60 a 62 anos – 6 de maio
Pessoas com síndrome de down
(de 18 a 59 anos) – 10 de maio
Pacientes renais em diálise
(de 18 a 59 anos) – 10 de maio
Transplantados imunossuprimidos
(de 18 a 59 anos) – 10 de maio
Metroviários e ferroviários – 11 de maio
Motoristas e cobradores de ônibus – 18 de maio
(Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo)
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