A bordo do foguete Ariane 5, o telescópio espacial James Webb foi lançado pela agência espacial americana (Nasa) ontem. O lançamento ocorreu na base da Agência Espacial Europeia (ESA) em Kourou, na Guiana Francesa.
Aproximadamente 30 minutos após o lançamento, o painel solar do telescópio já havia começado a se abrir. Agora, ele tem uma longa viagem de 1,5 milhão de quilômetros pela frente. Como vai orbitar o Sol, o telescópio conta com a proteção de um escudo do tamanho de uma quadra de tênis, cuja função é criar uma diferença de temperatura entre os lados frio e quente da nave e manter o observatório a 233ºC.
Na transmissão ao vivo do lançamento, o administrador da Nasa Bill Nelson disse que este é um “bom dia para o planeta Terra”. Ele declarou que o telescópio vai proporcionar uma viagem no tempo para “o começo do Universo”, e descobrir “coisas incríveis que nunca imaginamos”.
Desenvolvido pela Nasa, com a colaboração da ESA e da Agência Espacial Canadense (CSA), o observatório pretende detectar planetas capazes de abrigar vida, além de enxergar as primeiras luzes do Universo e a formação das primeiras estrelas e galáxias logo após o Big Bang – a explosão primordial que deu origem a tudo.
RESPOSTAS. O maior telescópio já enviado ao espaço tem a ambiciosa missão de responder a duas perguntas fundamentais para a humanidade: de onde viemos? Estamos sozinhos no universo? Para isso, tem sensibilidade o suficiente para detectar o sinal térmico de uma abelha na lua.
Com 30 anos de atraso, os recálculos orçamentários levaram a missão a um custo final inédito: R$ 51 bilhões. Projetado para ser o substituto do telescópio Hubble – lançado em 1990 e ainda em funcionamento -, o James Webb é um instrumento maior, mais complexo e com metas mais ambiciosas. O novo telescópio não vai estudar a parte visível do espectro eletromagnético como fazem o Hubble e observatórios em operação na Terra. O JW captará a radiação em infravermelho.
O telescópio Hubble revolucionou a observação do Universo. Foi graças a ele que os cientistas descobriram a existência de um buraco negro no centro de todas as galáxias e de vapor dágua em torno dos exoplanetas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Notícias ao Minuto Brasil – Tech