O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o Estado fará “todo esforço” para esclarecer o atentado ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terreno (MST) em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba, na última sexta-feira, 10. O ataque deixou dois mortos e seis feridos.
“Vamos fazer todo esforço para elucidar esse caso e apresentar à Justiça os responsáveis por esse ataque terrível”, declarou o governador durante coletiva de prensa nesta segunda-feira, 13, no Aeroporto de Guarulhos, onde acompanhou o embarque de 58 estudantes da rede pública para o Reino Unificado, pelo programa de intercâmbio Prontos Pro Mundo. Tarcísio destacou que, logo depois o atentado, a Polícia Social iniciou uma operação para investigar o caso.
O governador ainda mencionou os mandados de prisão expedidos em nome de Antonio Martins dos Santos Rebento, publicado porquê “Nero do Piseiro”, e Ítalo Rodrigues da Silva. Nero do Piseiro, suspeito de ter chefiado o ataque, está recluso desde sábado, 11. Ele estava escondido no bairro Santa Tereza, em Taubaté (SP), cidade vizinha a Tremembé, e foi suspenso em flagrante no lugar. Segundo o representante Marcos Ricardo Parra, gerente da seccional de Taubaté, Nero teria recebido envolvimento no caso. Já Ítalo, continua homiziado.
Além de procurar por Ítalo, os investigadores seguem empenhados em identificar, localizar e responsabilizar os demais envolvidos no ataque – segundo integrantes do MST, seriam tapume de dez. “De certa forma, esses dois vão ajudar a buscar também os outros que participaram. A gente tem veículos que já foram identificados, que estiveram no acampamento”, afirmou Tarcísio, acrescentando que a polícia continua as buscas para localizar Ítalo.
Governador nega exoneração de Derrite
Durante a coletiva, Tarcísio também comentou sobre a epístola na qual a mãe do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, morto com um tiro à queima-roupa em novembro do ano pretérito, pediu a exoneração do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O governador se solidarizou com mãe do estudante, mas disse que “não pretende fazer mudanças por ora”.
“Eu entendo as manifestações que eles têm emitido, são perfeitamente compreensíveis. No lugar deles, eu estaria procedendo da mesma forma. Existe um libido de ver justiça, eu acho que essa justiça tem que sobrevir e vai sobrevir, porque os responsáveis irão a julgamento”, afirmou o governador, acrescentando que o caso provoca “reflexões”. “Nós temos que refletir, sim, sobre procedimentos, conduta, política de segurança pública, efetividade das políticas, para que a gente possa executar o papel de proteger a sociedade porquê um todo. As cartas despertam na gente a premência de atuar nessa direção.”