ALÉXIA SOUSA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A mulher suspeita de sequestrar uma moça de 1 ano e 7 meses, em Curitiba, modificou o cabelo da moço na tentativa de a vítima não ser reconhecida.
Segundo as autoridades de segurança do Paraná, Eloah dos Santos teve o cabelo desassociado, pintado e alisado depois o sequestro ocorrido na quinta-feira (23), no bairro Parolin.
Policiais militares encontraram a moça na lar da suspeita, em Campo Largo, no início da noite desta sexta-feira (24). A moço foi entregue à família e passa muito.
O secretário estadual de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, disse que a mulher tem 40 anos e não tinha passagens pela polícia. A suspeita, que não teve o nome divulgado, foi ouvida e encaminhada para a masmorra pública.
De entendimento com a investigação da Polícia Social, a suspeita disse que queria uma moço para produzir uma vez que filha. Na lar da mulher, a polícia encontrou fraldas, leite e comida para a moço.
“Ela falou que estava desempregada e que ela queria produzir essa moço uma vez que se fosse uma filha dela. Não se mostrou arrependida e não fez contato com a família exigindo qualquer tipo de valor pela moço”, disse o representante Thiago Teixeira, em entrevista coletiva.
Ainda segundo o representante, a mulher tentou sequestrar outras duas vítimas em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, na quarta-feira (22) –um dia antes de levar Eloah.
“Ela tentou abordar uma mulher inicialmente no Parolin, não conseguiu, e na sequência, ela abordou os familiares da Eloah e acabou levando a moça”, afirmou o representante.
Ainda segundo o investigador, mães daquele município foram ouvidas e confirmaram sobre o veículo branco sem placa, que a suspeita dirigia abordando as vítimas.
Teixeira disse que o caso é só. “Só para substanciar e tranquilizar toda a sociedade paranaense, é um caso só, não há nenhuma participação, nenhuma notícia de caso uma vez que esse no estado”, disse.
De entendimento com o secretário, a mãe de Eloah contou à PM que uma mulher foi até sua residência se apresentando uma vez que uma agente de saúde e levou a moça em um veículo de cor branca, da marca Fiat, sem placas.
Segundo o relato da mãe, a suspeita disse que havia uma denúncia de que a moça era vítima de maus-tratos e que precisariam ir ao Recomendação Tutelar. Aliás, a suposta agente de saúde alegou que a mãe de Eloah deveria fazer um vistoria de sangue.
Mãe e filha teriam logo entrado no sege da suspeita. No meio do caminho, a mulher pediu que a mãe prendesse a moço na cadeirinha. No momento em que ela desceu do sege para arrumar a cadeirinha, a suspeita arrancou com o sege, levando Eloah e deixando a mãe para trás.
A mãe da moça afirmou ainda que foi dopada pela mulher. Segundo o relato, ela tomou uma bebida oferecida pela suspeita, que teria alegado que se tratava de uma proteína para a realização do vistoria de sangue. Em seguida ingerir o líquido, a mãe de Eloah disse aos agentes que começou a sentir tontura e sensação de desmaio.
Para chegar até a lar da suspeita, em Campo Largo, a polícia identificou o trajeto do sege através de monitoramento e o rastreio de câmeras da região. A mulher foi presa em flagrante e deve responder pelo violação de subtração de incapaz. A polícia disse que vai apurar outras possíveis condutas.
De entendimento com as autoridades e segurança, testemunhas foram ouvidas e diligências seguem para esclarecer todo o caso.
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