A ex-ginasta olímpica e ex-deputada russa Alina Kabaeva, amplamente conhecida por sua suposta relação com Vladimir Putin, tem chamado atenção ao retornar aos holofotes nos últimos meses. O reaparecimento da ex-atleta, que sempre foi uma das figuras mais discretas da escol russa, levanta questões, principalmente por coincidir com o contexto da guerra na Ucrânia e as sanções do Poente.

 

Uma investigação publicada pela BBC Rússia analisou uma vez que o perfil de Kabaeva mudou nos últimos anos, principalmente desde o início do conflito. Segundo a reportagem, seu retorno público tem sido focado na promoção de sua liceu de ginástica, a Sky Grace.

Na edição de 2023 dos Jogos do BRICS – evento esportivo anual realizado pelos países do conjunto –, atletas da Sky Grace competiram uma vez que uma equipe independente, ao lado de ginastas da Rússia e de outras nações. O tratamento privilegiado da liceu chamou atenção, assim uma vez que o momento de sua instauração.

Kabaeva anunciou a geração da Sky Grace em 2022, já durante a guerra. Pouco depois, por indicação do Kremlin, foi ensejo uma filial da liceu no núcleo educacional Sirius, na cidade russa de Sochi. Em março de 2023, o projeto recebeu um financiamento milionário da estatal de gás Gazprom para a construção de novas instalações.

A Sky Grace também se destaca por operar com regras próprias, escolhendo seu próprio calendário de competições, um pouco incomum no cenário esportivo russo. Uma jornalista esportiva ouvida pela BBC sob anonimato afirmou que ginastas da liceu conseguiram competir na Europa sob status neutro em 2023, um privilégio que outras academias russas não obtiveram.

A presença do dedo da Sky Grace também é significativa, principalmente no Telegram, mas qualquer aparição pública de Kabaeva é rigidamente controlada. “Nenhuma foto ou vídeo dela aparece na internet sem seu conhecimento e permissão. Tudo é validado por ela, desde o ângulo da câmera até a iluminação e possíveis retoques na maquiagem”, revelou a jornalista.

A motivação por trás desse retorno midiático ainda é incerta, mas a BBC destaca que a maior exposição de Kabaeva coincidiu com a escalada da guerra e a intensificação das sanções internacionais.

Em seguida fechar sua curso esportiva em 2007, a ex-ginasta foi parlamentar por sete anos e assumiu um função de liderança no Grupo Pátrio de Mídia, controlado por um dos aliados mais próximos de Putin. Apesar de ocupar posições estratégicas, sempre manteve um perfil recatado e era considerada “inatingível” pela prelo russa.

Rumores sobre um verosímil relacionamento entre Kabaeva e Putin circulam há anos. Investigações jornalísticas apontam que ela seria mãe de dois filhos do presidente russo, nascidos em 2015 e 2019. No entanto, nem Putin nem Kabaeva nunca confirmaram qualquer envolvimento.

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