SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Neil Young foi nesta semana às redes para criticar a plataforma de streaming Spotify, ameaçando retirar suas músicas do serviço caso não fosse banido um programa do podcaster Joe Rogan, acusado de espalhar desinformação sobre a Covid-19. Mas a polêmica não durou muito –nesta quarta (26) o Spotify começou a excluir a obra de Young do streaming.
Na primeira carta pública de Young, divulgada em seu site, ele pedia que a plataforma escolhesse entre ele e Rogan. Depois, ela foi apagada, e, em outra declaração, ele rotulou o Spotify de “lar da desinformação sobre Covid que coloca vidas em risco”, além de ter “mentiras sendo vendidas por dinheiro”.
A reposta do Spotify deixou clara sua posição, ainda que defenda um trabalho de moderação nesse momento de pandemia. “Nós queremos que toda a música e conteúdo em áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify”, diz a nota.
“Com isso, temos uma grande responsabilidade em balancear segurança para os ouvintes e liberdade para seus criadores. Detalhamos políticas de conteúdo e removemos mais de 20 mil episódios de podcast relacionados à Covid desde o começo da pandemia”.
“Lamentamos a decisão de Neil de remover sua música do Spotify”, acrescentou o serviço, “mas esperamos recebê-lo de volta em breve”.
Até o momento da publicação desta reportagem, ainda é possível ouvir algumas músicas do artistas, ainda que a lista da discografia tenha sido enxugada para apenas dois títulos. Ainda é possível dar o play em alguns trabalhos adicionados a playlists, mas seu último lançamento “Barn”, por exemplo, já está completamente inacessível. Espera-se que todos os trabalhos sejam removidos nas próximas horas.
Rogan, de 54 anos, é o apresentador do “The Joe Rogan Experience”, o podcast mais bem avaliado do Spotify, que tem direitos exclusivos do programa.
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