Sorocaba atinge 7º lugar no Estado entre cidades que mais realizaram testes de sífilis e HIV

Sorocaba atinge 7º lugar no Estado entre cidades que mais realizaram testes de sífilis e HIV | Foto: Divulgação/SECOM

A cidade de Sorocaba alcançou o 7º lugar no Estado de São Paulo entre as cidades que mais realizaram testes de sífilis e HIV no ano de 2019. De acordo com a Secretaria da Saúde (SES) da Prefeitura de Sorocaba, cerca de 55 mil testes rápidos foram fornecidos às unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). Houve um aumento de 55% em testes, em comparação com o ano de 2018. Ou seja, 35 mil testes a mais.

Segundo a SES, durante o ano foram realizadas 44 ações extramuros para conscientizar a população sobre as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Foram feitas ações na praça central, nas escolas estaduais, municipais, técnicas e universidades. O trabalho também foi atuante nos eventos LGBT e de outras representações sociais, em penitenciárias, em instituições de apoio a pessoas em situação de rua, em associações e sindicatos, no SESC e Poupatempo, em shoppings, baladas e shows, além dos eventos do Carnaval.

De acordo com o secretário da Saúde, Ademir Watanabe, a atual gestão qualificou 725 profissionais das áreas da saúde e educação em 32 capacitações. “O objetivo foi a sensibilização e qualificação dos enfermeiros para tratamento da sífilis, dos agentes comunitários de saúde, dos profissionais das unidades de urgência e hospitais e maternidades. E também dos trabalhadores da Atenção Básica para realização de testagem rápida e aconselhamento, dos docentes e alunos de universidades parceiras”, explica o titular da pasta.

Três encontros de qualificação dos docentes de ciências e orientadores pedagógicos das escolas municipais de anos finais foram feitos. O resultado da ação originou um projeto de educação em saúde sexual com metodologia específica que já foi pactuado com a gestão atual e será iniciado em 2020 nessas escolas municipais participantes.

Trabalho intensificado para os adolescentes

Segundo a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da SES, Helena Solla, mais de 4 mil adolescentes dentro das escolas públicas de Sorocaba foram abordados com diálogos sobre educação/saúde sexual. “No período do Carnaval, de forma inédita, impulsionamos conteúdo sobre prevenção no Facebook e atingimos mais de 50 mil adolescentes e jovens sorocabanos. Ainda nesse período, também fizemos veiculação de conteúdo por outdoors”, conta.

Durante todo o ano, com a colaboração da Secretaria de Comunicação (Secom), houve campanha publicitária de ampla abrangência e entrevistas nas rádios, TVs, canais das redes sociais, incluido lives e podcast. Também foi possível a realização de debates no SESC e audiências públicas na Câmara Municipal.

Ainda segundo Helena, os vínculos entre SUS foram estreitos com organizações que representam ou trabalham com as populações prioritárias em relação ao HIV, como a Associação Transgênero de Sorocaba, o Conselho dos Direitos da População LGBT+, as penitenciárias e CDP, o SOS e as Secretarias Municipal e Estadual de Educação. 


Prêmio pela redução da sífilis em bebês

No dia 22 de outubro, Sorocaba recebeu o Prêmio “Luíza Matida” pela redução da sífilis congênita transmitida de mãe para o filho na gestação ou no momento do parto. A premiação foi feita pelo Governo do Estado de São Paulo e aconteceu no Centro de Convenções Rebouças, durante a 10ª Jornada Paulista de Doenças Sexualmente Transmissíveis e 4ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis.

De acordo com a coordenadora do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), Helena Solla, o diagnóstico precoce, com o uso de testes rápidos, e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão vertical. “A vigilância e busca ativa que os profissionais realizam às gestantes, com exames positivos para o tratamento precoce e suas parcerias sexuais, são essenciais para protegermos nossos bebês dessa infecção. E, dessa forma, colaborarmos com um futuro mais saudável”, pontua.

Além disso, a cidade melhorou o indicador de adesão ao tratamento antirretroviral de 75,5% (2018) para 81% (2019). Esse será um ponto vital dos trabalhos em 2020 para a evolução no controle das ISTs.