O novo estudo, divulgado no Digital Medicine, baseou-se em dados de medição dos níveis do sono e do humor de mais de 2.100 estudantes de medicina em início de carreira durante um ano, reporta a revista Galileu.
Devido às jornadas de trabalho intensas a que estavam sujeitos, os horários começaram rapidamente a ficar desregulados e o mau humor foi um dos indicadores acerca de quem se deitava tarde ou despertava muito cedo.
Para efeitos daquela pesquisa, os jovens médicos utilizaram dispositivos nos pulsos que mediam a sua atividade. Adicionalmente, os voluntários relatavam diariamente o seu humor num aplicativo de smartphone e sujeitavam-se a testes trimestrais com o intuito de detetar possíveis sinais de depressão.
De acordo com a Galileu, os indivíduos cujos dispositivos indicaram ter horários de sono irregulares, tal como os estudantes que ficavam frequentemente acordados até tarde ou dormiam poucas horas, apresentavam uma maior predisposição para pontuar mais alto em questionários padronizados de sintomas de depressão e ter avaliações de humor diárias mais baixas.
Yu Fang, principal autor do estudo, disse: “a tecnologia avançada permite-nos estudar os fatores comportamentais e fisiológicos da saúde mental, incluindo o sono, numa escala muito maior e com mais precisão do que antes, abrindo um campo empolgante para exploração”.
“As nossas descobertas visam não apenas orientar a autogestão sobre os hábitos de sono, mas também informar as estruturas de programação institucional”, acrescentou.
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