Um soldado russo confessou ter matado no ano passado um civil em Andriivka, uma pequena aldeia nos arredores de Kyiv, na Ucrânia, e agora foi condenado a cinco anos e meio de prisão por um tribunal militar da Rússia por ter divulgado “informações falsas” sobre o Exército russo.
O caso aconteceu no mês de agosto, quando Daniil Frolkin, de 21 anos, disse que matou um cidadão civil na aldeia, que foi ocupada pelas tropas russas pouco tempo depois do início da invasão, a 24 de fevereiro, e recuperada pela Ucrânia em abril.
“Disse-lhe: ‘Ponha-se de joelhos’. E enfiei-lhe uma bala na testa. Matei uma pessoa”, disse o soldado ao jornal independente iStories, agora citado pelo britânico The Guardian.
“Eu, um militar da unidade militar 51460, guarda privado de primeira classe, Frolkin Daniel Andreevich, confesso todos os crimes que cometi em Andriivka: matar civis, roubar civis, levar os seus smartphones”, acrescentou.
Destaca-se que a Rússia decidiu punir a divulgação de “informações falsas” sobre o Exército russo e de notícias de pedidos de sanções contra o país. As penas podem ir de multas graves até 15 anos de prisão.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate.
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