Sintomas de dismorfia corporal, o transtorno que Megan Fox admitiu ter

Megan Fox, eleita duas vezes consecutivas pela revista FHM como a mulher mais sexy do mundo, revelou na edição de 2023 da Sports Illustrated que enfrenta uma luta “eterna” com sua aparência. Aos 37 anos, a atriz admitiu sofrer de dismorfia corporal, afirmando: “Nunca me enxerguei da forma como os outros me veem”. Ela explicou que essa obsessão acompanha sua vida desde a infância.

A dismorfia corporal é um “transtorno psicológico no qual a percepção que as pessoas têm de sua própria aparência pode não corresponder completamente à realidade, geralmente sendo negativa e podendo se tornar obsessiva”, explica a rede de saúde CUF.

Essa condição afeta principalmente mulheres e homens adolescentes. As causas não são completamente conhecidas, mas “as pessoas com dismorfia corporal estão constantemente preocupadas com o que consideram ser um defeito em sua aparência, seja ele real (geralmente pequeno) ou imaginário. Esse defeito pode passar despercebido aos olhos de terceiros, embora seja significativo para o próprio indivíduo.”

Aqui estão alguns sintomas da dismorfia corporal aos quais se deve estar atento, segundo a rede portuguesa de hospitais  CUF:

– Preocupação excessiva com aquilo que é percebido como um “defeito” em sua aparência, mas que para os outros é considerado mínimo ou até inexistente;
– Tendência forte de se comparar com os outros;
– Crença de possuir um defeito que afeta sua beleza;
– Perfeccionismo;
– Convicção de que as pessoas ao redor notam seus “defeitos” e zombam deles;
– Comportamentos obsessivos;
– Buscar validação de outras pessoas em relação à sua aparência, mas não acreditar quando elas asseguram que está tudo bem;
– Passar muito tempo em frente ao espelho ou evitá-lo completamente;
– Consultar frequentemente especialistas, como cirurgiões plásticos e dermatologistas, para corrigir “defeitos” imperceptíveis para os outros;
– Procurar procedimentos estéticos que não trazem satisfação em relação à aparência;
– Baixa autoestima;
– Isolamento social;
– Depressão;
– Transtornos de ansiedade;
– Transtornos obsessivo-compulsivos;
– Distúrbios alimentares;
– Abuso de substâncias;
– Dor ou risco de desfiguração devido a cirurgias frequentes;
– Comportamentos ou pensamentos suicidas.

A dismorfia corporal pode levar a um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar emocional das pessoas afetadas. Ela pode causar sofrimento psicológico intenso, levando a dificuldades nos relacionamentos, no desempenho acadêmico ou profissional e na participação em atividades sociais.

Embora a dismorfia corporal seja mais comum em mulheres e homens adolescentes, ela também pode afetar pessoas de outras faixas etárias. Os padrões irreais de beleza impostos pela mídia e pelas redes sociais podem contribuir para a insatisfação corporal e o desenvolvimento desse transtorno.

É fundamental buscar ajuda profissional se alguém suspeitar estar sofrendo de dismorfia corporal. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a combinação de psicoterapia, medicamentos e apoio psicossocial.

É importante conscientizar a sociedade sobre a dismorfia corporal e promover uma cultura de aceitação e valorização da diversidade de corpos. Isso pode ajudar a reduzir o estigma associado às aparências e a promover uma maior autoaceitação e bem-estar mental.

 

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