(FOLHAPRESS) – A Aneel (Filial Pátrio de Vontade Elétrica) aprovou 13 projetos para a instalação de vegetalidade de hidrogênio verdejante no Brasil. Trata-se do primeiro pacote no país focado na produção do insumo, visto uma vez que uma das principais promessas para substituir combustíveis fósseis e reduzir emissões de gases do efeito estufa.

 

A Folha teve aproximação a uma avaliação concluída na semana passada pela Aneel e representantes de instituições técnicas. Foram aprovados 13 projetos inéditos para instalação de plantas-piloto para produção de hidrogênio, além de planos para o desenvolvimento de equipamentos usados no segmento.

Os projetos, que foram apresentados por grandes companhias que atuam no setor elétrico, têm previsão de serem implementados a partir do ano que vem.

Somados, os projetos totalizam um investimento de R$ 1,486 bilhão, sendo R$ 1,119 bilhão oriundo do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Aneel, financiado por repasses das empresas do setor.

Elas recolhem mensalmente 0,4% de suas receitas operacionais para financiar ações de pesquisa e desenvolvimento. Outros R$ 367 milhões serão investidos diretamente pelas empresas, uma vez que contrapartida de cada projeto.

As informações obtidas pela reportagem mostram que sete companhias estão adiante dos 13 planos de produção de hidrogênio. A Petrobras é dona do maior projeto, que prevê a construção de uma vegetal piloto para produzir hidrogênio de forma integrada a uma refinaria de petróleo da empresa, no Rio de Janeiro, para uso do insumo pelo setor petroquímico. São R$ 497 milhões nessa iniciativa, dos quais R$ 259 milhões serão injetados uma vez que contrapartida pela petroleira.

A Neoenergia, que é dona da Itapebi Geração de Vontade, hidrelétrica localizada na mote da Bahia e Minas Gerais, teve quatro projetos aprovados. Se somados, eles chegam a R$ 569,4 milhões de investimentos em quatro vegetalidade piloto, sendo duas delas na Bahia, uma em São Paulo e outra em Pernambuco.

Três projetos da China Three Gorges (CTG Brasil), dona da Rio Paraná Vontade, também passaram pelo crivo da percentagem. A meta é erguer vegetalidade em Mato Grosso do Sul e Pernambuco, além de uma unidade de desenvolvimento de peças, em localidade ainda a definir. Juntos, os empreendimentos somam R$ 102,7 milhões.

A Eneva, que atua na extração de gás no Maranhão, teve sinal verdejante para tocar duas plantas-piloto, em São Paulo e Ceará, com aporte totalidade de R$ 64,9 milhões. A unidade cearense deve se voltar para a produção de hidrogênio que ajude na descarbonização da indústria de víveres, enquanto a base paulista mira a produção do insumo para usos múltiplos.

Os outros três projetos aprovados pertencem à Cemig, Eletronorte e Furnas. Eles totalizam R$ 252 milhões e estão voltados para estribar a produção de aço e a siderurgia em universal, com redução de uso do combustível fóssil.

O prazo para realização de todos os projetos é de até 48 meses e começa a valer em 2025. Na prática, o objetivo do programa é que as empresas do setor elétrico viabilizem a produção de hidrogênio, a partir de suas instalações existentes, seja de nascente hidráulica, solar, eólica, biomassa, nuclear ou térmica.

O processo de produção dessas novas fábricas é divulgado uma vez que eletrólise, pelo qual são divididas moléculas de chuva, separando hidrogênio e oxigênio. Ao quebrar a molécula da chuva, é produzido esse hidrogênio verdejante, insumo que pode ser armazenado e usado de várias formas, uma vez que na substituição de combustíveis fósseis (óleo, carvão ou gás) por indústrias que fazem grande consumo de pujança.

Por meio de nota, a Petrobras confirmou o projecto de construção de sua vegetal ao lado de uma refinaria, mas que a localização, prevista na proposta para o Rio de Janeiro, ainda está sob estudo. A Neoenergia declarou que, além dos quatro planos submetidos, está investindo muro de R$ 30 milhões na implantação da primeira planta-piloto de hidrogênio verdejante do Brasil, no Região Federalista, com inauguração prevista para o próximo ano.

A CTG Brasil declarou que seus projetos de fabricação, transporte e uso do hidrogênio buscam “descarbonizar processos industriais onde há restrições para eletrificação” e que as propostas aprovadas “estão sujeitas a detalhamento e aprovações pela companhia muito uma vez que pela Aneel, que ainda não publicou o resultado final da chamada estratégica de PDI (Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação).”

A Eneva disse que seus dois projetos aprovados “têm capacidade de 3 megawatts de pujança e um potencial de redução de emissões de CO² de 210 toneladas por mês” e que “tem priorizado projetos que estejam alinhados com as demandas e necessidades do mercado, mormente as de mitigação de emissões de gases de efeito estufa”.

O número de projetos para produção de hidrogênio pelo setor elétrico deve aumentar nos próximos meses. Isso porque a Aneel recebeu, ao todo, 24 propostas de desenvolvimento da tecnologia apresentadas por dez empresas. Dessas, 19 foram enquadradas na modalidade de vegetal piloto e cinco na categoria de peças e componentes.

Ao fazer um pente-fino técnico nos requerimentos apresentados, a percentagem técnica responsável só aprovou a leva inicial de 13 empreendimentos. Os 11 demais foram reprovados, devido a qualquer tipo de inconsistência de informação ou projecto, mas poderão apresentar um pedido de revisão extra no prazo de até 60 dias.

Em termos financeiros, as 24 propostas teriam estimativa de investimento totalidade de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 1,16 bilhão financiado por contrapartidas de cada empresa.