Seleção brasileira pode se qualificar para Despensa mesmo se manter sua pior campanha da história

O fraco futebol apresentado pela seleção brasileira ao longo destas Eliminatórias para a Despensa do Mundo de 2026 sugere o questionamento: é provável que o Brasil fique fora de seu primeiro Mundial na história? Os números mostram que, apesar de todos os problemas, o caminho se apresenta com poucos obstáculos para o time pátrio carimbar seu passaporte rumo aos Estados Unidos, México e Canadá.

 

Desde que o formato atual das Eliminatórias Sul-Americanas – com jogos de ida e volta entre todos os filiados da Conmebol – foi estabelecido, para a Despensa de 1998, o Brasil não somou menos do que 30 pontos. Neste momento, posteriormente nove rodadas – portanto, a metade da competição -, a seleção tem somente 13. É a pior campanha de todos os tempos da equipe pátrio.

Ao todo, 48 seleções vão participar do próximo Mundial. Com isso, o número de vagas garantidas para a América do Sul saltou de quatro para seis, além da possibilidade de acréscimo de outro país pela repescagem intercontinental.

Tomando por base os pontos somados pelos sétimos colocados nas outras cinco edições de Eliminatórias com dez participantes, o número sumo que uma seleção alcançou foi 24, enquanto a média de pontos é 21. Isso significa que, fundamentado nas últimas disputas, a seleção brasileira precisa somar entre nove e 12 pontos para prometer a classificação direta para a Despensa de 2026. Se mantido o porcentual de aproveitamento atual das equipes, o sexto posto desta edição deve chegar aos mesmos 24 pontos. Para não depender dos demais critérios de desempates, seria importante para o Brasil buscar, no mínimo, os 25 pontos.

Em um cenário mais pessimista, em que a seleção tenha de passar pela repescagem, deve-se observar a pontuação das seleções que terminaram na oitava colocação nas últimas Eliminatórias, uma vez que a equipe que permanecer em sétimo lugar ganha a chance extra de ir ao Mundial, medindo forças com representantes da África, Ásia, Oceania e América do Setentrião, Médio e Caribe.

O sumo de pontos somados por um oitavo posto foi 22, já a média é de 18, aproximadamente. Portanto, para obter no mínimo o sétimo lugar, pelo histórico, é necessário para a seleção fazer entre 19 e 23 pontos. Ou seja, o Brasil precisaria de mais seis a 10 pontos.

É difícil crer que o Brasil seja incapaz de invadir entre três e quatro vitórias nas nove rodadas restantes de Eliminatórias. Restam cinco jogos uma vez que mandante e quatro uma vez que visitante. Se fizer a prelecção de vivenda, a tendência é que a vaga esteja mais do que garantida, apesar de as esperanças de um hexacampeonato estarem cada vez mais à míngua.

Até por esse motivo que os próprios jogadores da seleção brasileira adotaram o exposição de que não interessa a qualidade do jogo, mas o resultado final. “Temos de manter a mesma risco (do jogo com o Chile) para trespassar com o resultado positivo (diante do Peru)”, afirmou Igor Jesus. Frases semelhantes foram ditas por outros atletas, em Brasília, onde a equipe medirá forças com os peruanos, na terça-feira, às 21h45.

Confira a lista dos jogos que restam para a seleção nas Eliminatórias:

15/10/24 – Brasil x Peru

14/11/24 – Venezuela x Brasil

19/11/24 – Brasil x Uruguai

20/03/25 – Brasil x Colômbia

25/03/25 – Argentina x Brasil

05/06/25 – Equador x Brasil

10/06/25 – Brasil x Paraguai

04/09/25 – Brasil x Chile

09/09/25 – Bolívia x Brasil

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