São Paulo: produtos do agronegócio em portos contribuem para a criação de empregos

Produtos do agronegócio em portos de São Paulo devem ter contribuído para geração de empregos no estado, avalia o economista Roberto Dardis. Exemplo disso é o Porto de Santos, que segundo com dados divulgados pela Autoridade Portuária de Santos (APS), produtos como soja, celulose, sucos cítricos e adubo ganharam destaque na movimentação em abril. O resultado para granéis sólidos vegetais registrou recorde para o mês, com 7,6 milhões de toneladas movimentadas.

“O agronegócio está em época de crescimento, novos investimentos estão sendo feitos e muitas empresas estão se interessando. Com as melhorias que estão sendo feitas nos portos, favorecem muito grandes chegadas de grãos, e com a conclusão dos transportes por ferrovias, chegaram aos portos mais rápidos e mais baratos”, aponta  Dardis.

O economista Luigi Bellei explica que a melhoria nos níveis de emprego em São Paulo em abril foi puxada quase exclusivamente pelo agronegócio, já que o setor de serviços e indústria não cresceram tanto quanto o esperado. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor do agronegócio paulista terminou  abril com saldo positivo de empregos: o número de admissões superou o de demissões em 3,8 mil vagas. 

Em 2022, o agronegócio também foi um dos destaques na economia de São Paulo. Dos 10 municípios paulistas com maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita, cinco tinham a atividade agropecuária como atividade principal: Onda Verde, Colômbia, Motuca, Gavião Peixoto e Altair.

Projeções futuras

Para Roberto Dardis, as perspectivas são as melhores possíveis, já que com projeções de aumento nas safras deste ano, e com o reforço do o transporte por ferrovias, as entregas aos portos deverão acelerar ainda mais.

Já Luigi Bellei afirma que o crescimento de vagas de trabalho em São Paulo está na trilha de crescimento agropecuário, mas é importante ter cautela. “Haja vista que grande parte da boa produtividade do agro é afetada por condições sazonais, como as chuvas, que foram ideais neste período para o sudeste”, alerta. Ele também aponta que setores como comércio e construção podem ter maiores taxas de expansão em relação a abril.

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