SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Santos e Bahia empataram por 2 a 2 neste domingo (6), na Vila Belmiro, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

 

O time tricolor abriu o placar com o Erick no primeiro tempo, e o Peixe buscou a virada com Thaciano e Diego Pituca na etapa final. No finzinho, porém, Luciano Juba colocou o 2 a 2 no placar.

Cada time dominou um tempo. O Bahia foi melhor na etapa inicial, mas o Santos se impôs na segunda metade.

A reação do Santos veio depois de críticas a Pedro Caixinha. O torcedor foi xingado e chamado de burro após tirar Barreal e Rollheiser no intervalo, mas Soteldo e Thaciano entraram bem e mudaram a partida. Nos acréscimos, porém, esse cenário favorável foi apagado.

O resultado contra a equipe mista de Rogério Ceni mantém a pressão sobre o técnico Pedro Caixinha. A diretoria cobrava uma vitória ao português após a derrota para o Vasco na estreia.

Neymar fez uma rápida aparição na Vila Belmiro. O craque falou com o elenco no vestiário e voltou para casa. Ele deve ficar à disposição diante do Fluminense, no próximo domingo.

O empate deixa o Santos na 16ª colocação, com um ponto. O Bahia é o 13º, com dois.

O Peixe voltará a campo para enfrentar o Fluminense, enquanto o Tricolor medirá forças com o Nacional (Uruguai), quarta-feira, pela Libertadores.

PARECIA QUE IA ENGATAR, SÓ QUE NÃO

O Santos começou elétrico, mesmo diante da pressão sob o técnico Pedro Caixinha após a estreia. O treinador repetiu a equipe e colocou Soteldo no banco, o que gerou um novo desgaste com a torcida por ver novamente Guilherme de titular.

Mesmo a contragosto, o treinador apostou em seu trabalho e o Peixe não decepcionou nos primeiros minutos. Fez boas chegadas com Barreal, Bontempo e Rollheiser. O próprio Guilherme acionou os companheiros e tentou servi-los. Apesar de não conseguirem converter, fizeram o goleiro Ronaldo trabalhar.

As boas chegadas foram significativas, mas duraram menos do que o esperado. Aos 16 minutos, um banho de água fria. A marcação falhou e João Schmidt se atrasou para brecar Erick, que, no mano a mano, levou a melhor contra Gabriel Brazão e abriu o placar.

O Bahia não estava em seu melhor momento do jogo e ganhou um novo oxigênio. O Peixe insistiu na marcação alta, mas não converteu e, com a marcação frágil, deu espaço para o Bahia crescer.

O time misto de Rogério Ceni, muito mais ajustado, deu trabalho e teve as melhores chances da primeira etapa.

Aos 45 minutos, Tiquinho perdeu um gol feito. Sozinho, após deslocar o goleiro. Iria fazer de cabeça, mas perdeu o tempo da bola e caiu sentado. Foi a melhor chance do Santos.

SANTOS REAGE E SOFRE CASTIGO

Caixinha ouviu vaias e xingamentos nas suas substituições para o segundo tempo, mas o Santos melhorou e logo empatou.

Com Soteldo e Thaciano nas vagas de Barreal e Rollheiser, o Peixe deixou tudo igual aos quatro minutos. Soteldo cruzou, Thaciano aproveitou bate e rebate e marcou na Lei do Ex. Ele não comemorou.

O Santos seguiu em cima e teve um pênalti que acabou cancelado. A arbitragem viu mão na área, mas voltou atrás com a ajuda do VAR aos 14 minutos.

A pressão surtiu efeito, e a virada veio de uma forma improvável. Aos 35 minutos, Diego Pituca aproveitou rebote e bateu colocado de fora da área para virar. O meio-campista, que se tornou reserva, tirou a camisa na comemoração.

No fim, o Bahia jogou uma ducha de água fria no Santos. Cauly roubou e tocou para Luciano Juba, que em jogada individual driblou dois e venceu Brazão. 2 a 2 o placar final.

PROTESTOS

Minutos antes de a bola rolar, parte da torcida protestou contra Pedro Caixinha com xingamentos. O treinador, em momento de substituição, sacou Barreal e Rollheiser, os melhores da primeira etapa, e manteve Guilherme, que pouco produziu.

“Ei, Caixinha, vai tomar * **” e “burro” foram gritados repetidamente. Thaciano e Soteldo entraram e foram bem. O empate, porém, mantém a pressão sobre o treinador.

A APARIÇÃO DE NEYMAR

Neymar esteve na Vila Belmiro antes de a bola rolar, mas voltou para casa e não viu o jogo do camarote do estádio.

O astro foi ao vestiário e deu uma força para o elenco, porém, retornou para seu condomínio.

Após processo de reequilíbrio e fortalecimento muscular, Neymar deve ficar à disposição do Santos contra o Fluminense, no próximo domingo, no Maracanã.

SANTOS

Gabriel Brazão; JP Chermont, Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt, Gabriel Bontempo (Diego Pituca) e Barreal (Thaciano); Rollheiser (Soteldo), Guilherme (Gabriel Veron) e Tiquinho Soares (Deivid Washington). Técnico: Pedro Caixinha.

BAHIA

Ronaldo, Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre (Cauly), Erick e Rodrigo Nestor (Jean Lucas); Ademir (Kayky), Iago (Erick Pulga) e Willian José (Lucho Rodríguez). Técnico: Rogério Ceni.

Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Alex Gomes Stefano (RJ)
Árbitros: Guilherme Dias Camilo (MG) e Luiz Claudio Regazone (RJ)
VAR: Gilberto Rodrigues Castro Junior (PE)
Cartões amarelos: João Schmidt, Gil e JP Chermont (SAN); Caio Alexandre e Erick (BAH)
Gols: Erick (BAH), aos 16’/1ºT; Thaciano (SAN), aos 4′, Diego Pituca (SAN), aos 35′, e Luciano Juba (BAH), aos 44’/2ºT