Fotos: Ivan Flores – Saae/Sorocaba
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) iniciou, neste mês, o desenvolvimento de um protótipo de cesto de metálico para facilitar as manutenções diárias das bocas de lobo. O projeto começou a ser instalado, nesta quinta-feira (16), em pontos estratégicos do município, em período de testes, e será ampliado para mais dispositivos de drenagem por toda cidade, ao longo deste ano.
O Saae/Sorocaba rotineiramente, sem o novo projeto, faz a manutenção e limpeza de cerca de 500 bocas de lobo por mês. Na cidade toda são cerca de 5 mil bocas de lobo, sendo que, em média, são retirados entre oito e dez mil metros cúbicos de material todo ano, equivalente por volta de 700 a 900 caminhões de sedimentos. São algo em torno 30 funcionários atuando nesse trabalho, auxiliados por um caminhão de hidrojateamento, para desentupir as galerias.
Com o cesto metálico, as equipes terão mais agilidade para retirar o acúmulo da sujeira depositada no dia a dia e atenderão a manutenção de mais dispositivos de drenagem na programação. A ideia principal é diminuir o acúmulo de detritos e, consequentemente, auxiliar na prevenção de enchentes. Além do cesto, em um segundo momento, a autarquia pretende implantar também sensores em bocas de lobo, em pontos específicos, para ter a informação em tempo real sobre quando o acúmulo estiver superior a 50% da capacidade de cada cesto.
Mesmo diante desse projeto, o Saae/Sorocaba reforça a orientação para que os cidadãos nunca descartem o lixo nas vias públicas, nem em terrenos e muito menos em cursos d’água, córregos ou rios. Também devem impedir que materiais de construção, como areia ou pedras, por exemplo, sejam levados pela água da chuva. Ainda, podem colaborar varrendo as suas próprias calçadas e recolhendo as folhas das árvores.
Os objetos mais frequentemente retirados das bocas de lobo são as garrafas pets, sacolas plásticas, madeiras, materiais e resíduos de construção (areia, pedras, terras e entulhos) e isopor. Mas há até casos de peças de carros, de motos ou animais mortos serem encontrados nas bocas de lobo.
Durante as obras de construção ou reforma de imóveis os cuidados devem ser redobrados. O depósito dos materiais de construção e entulhos nas calçadas é levado pelas chuvas e o correto é manter em caçambas. A confecção da argamassa sobre o asfalto, além de danificar o pavimento da rua, ainda pode escoar para as bocas de lobo, quando lavado ou se chove.
Essa prática faz com que a massa endureça dentro das caixas e tubulações, reduzindo as suas capacidades. Segundo o Saae/Sorocaba, essa ocorrência é extremamente danosa ao sistema de drenagem, pois a correção somente é feita com a reforma das caixas e as trocas das tubulações. Além disso, os córregos, cursos d’água e rios também são prejudicados pelo descarte irregular de lixo ou outros materiais, contribuindo para as inundações.