A Rússia criticou veementemente as decisões recentes do Comitê Olímpico Internacional (COI), considerando-as “ilegais, injustas e inaceitáveis”. O COI determinou que os atletas russos e bielorrussos competirão sob bandeira neutra nos Jogos de Paris 2024 e foram proibidos de participar da cerimônia de abertura.
“Consideramos as decisões do COI ilegais, injustas e inaceitáveis. Estamos chocados com as condições discriminatórias sem precedentes impostas aos atletas russos”, afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Essa reação ocorre após o anúncio do COI de que os atletas russos e bielorrussos não poderiam participar da cerimônia de abertura, prevista para ocorrer no rio Sena, em Paris, em 26 de julho, data de abertura dos Jogos Olímpicos, que se estendem até 11 de agosto.
O COI justificou essa decisão pelo fato de os atletas competirem “individualmente”, devido às sanções aplicadas aos dois países devido à guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, com o apoio da Bielorrússia.
“Essas decisões mostram o quanto o COI se afastou de seus princípios e se curva ao racismo e ao neonazismo”, enfatizou Maria Zakharova, referindo-se a um dos argumentos usados pelo presidente russo, Vladimir Putin, para justificar a invasão da Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reforçou as críticas, acusando o COI de tentar “intimidar os atletas russos”, o que, segundo ele, “minaria completamente a autoridade” do organismo internacional.
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