No Rio Grande do Sul, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 0,7% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao quarto trimestre de 2022. O economista Guidi Nunes avalia que a queda do PIB foi influenciada pelo desempenho negativo da agropecuária, que teve queda de 21,3%. Segundo ele, a parte oeste do RS, que faz fronteira com a Argentina, também está enfrentando a seca prolongada que afeta o país.
“Então, isso é um quadro que corroborou para essa situação, isso somando a esse quadro da agricultura, da agropecuária, mais precisamente, tem também a indústria, que caiu 4,4%, quer dizer, a indústria está em linha a nível nacional, já a agropecuária ela se dissociou do quadro nacional”, explica.
De acordo com o Departamento de Economia e Estatística (DEE), a queda no setor industrial foi puxada pela baixa nos números da Indústria de Transformação, que teve diminuição de 5,6% e também pelos recuos nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana com queda de 1,9% e Construção, que teve baixa de 1,7%.
O economista acredita que para reverter essa situação, o estado precisa estabelecer políticas regulatórias, organizar cadeias de atividade econômica e os setores do RS, precisam construir políticas de desenvolvimento setorial para somar com as políticas de desenvolvimento local e regional.
“Então essa organização é fundamental porque o investimento não está fácil, está faltando capital nas empresas e o mínimo de investimento que for realizado é importante para minimizar os riscos, quer dizer, muita organização por parte das empresas, do estado e da sociedade no Rio Grande do Sul”, comenta.
Em relação ao mesmo período de 2022, o PIB do RS registrou crescimento de 1,7% no primeiro trimestre, enquanto o Brasil obteve alta de 4% na mesma base de comparação.
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