Condenado por estupro na Itália, Robinho foi visitar o CT Rei Pelé na segunda-feira. Segundo o Santos, o jogador, que aguarda o julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que definirá se ele cumpre ou não a pena no Brasil, esteve no local apenas para acompanhar o seu filho, Robson, atleta do sub-17, em exame médico.
O Santos organizou um churrasco no CT Rei Pelé um dia depois de vencer o São Bernardo no MorumBis para festejar a vitória e a boa campanha no Paulistão, do qual é o líder geral, com 22 pontos. Dirigentes, incluindo o presidente Marcelo Teixeira, membros da comissão técnica e jogadores estiveram na celebração, mas não Robinho. De acordo com o Santos, o atleta “apenas cumprimentou os participantes do churrasco realizado no local para o elenco, comissão técnica e diretoria”.
Em nota divulgada nesta terça-feira, o clube afirma não ter havido convite a Robinho, “muito menos a participação na confraternização”, animada por um grupo de pagode. Não é a primeira vez que ele aparece no CT Rei Pelé. É comum o atleta ir acompanhar o filho nos treinamentos e ser parado para pedidos de fotos e autógrafos.
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime de estupro contra uma jovem albanesa que ocorreu em uma casa noturna em Milão, na Itália, quando ele atuava pelo Milan. A sentença foi referendada por outras instâncias da Justiça italiana, incluindo pela mais alta corte do país europeu, que confirmou a condenação em janeiro de 2022. Depois disso, a Itália solicitou ao Brasil a extradição do atleta.
Ele entregou em março desde ano seu passaporte à Justiça e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de não poder ser extraditado para a Itália, onde foi condenado. O jogador nega as acusações. Ele fez sua última partida em julho de 2020 e vive recluso em sua casa, em um condomínio de Luxo no Guarujá. As poucas aparições públicas que faz são, geralmente, para jogar futevôlei na praia.
O jogador foi revelado pelo Santos e defendeu o time da Vila Belmiro em três passagens. Ele foi contratado em 2020 para dar início ao que seria a quarta passagem, mas o clube, pressionado por torcedores e patrocinadores depois que vieram à tona detalhes da sentença condenatória, optou por encerrar o contrato com o atacante dias após contratá-lo.
De acordo com a investigação, Robinho e outros cinco amigos, incluindo Ricardo Falco, que também foi condenado, levaram a mulher ao camarim de uma casa noturna chamada Sio Café, em Milão, e lá abusaram sexualmente dela. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação, e por isso a participação deles no ato é alvo de outro processo.
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