O técnico Renato Gaúcho adotou tom hostil na entrevista coletiva que concedeu em seguida o empate do Grêmio com o Cruzeiro, por 1 a 1, na noite desta quarta-feira. Incomodado com as críticas da prensa quanto ao desempenho do seu time na temporada, ele intimidou jornalistas e ameaçou não dar mais entrevistas ao término das partidas.
“Antes de ir embora, eu vou dar uma coletiva. Eu vou deixar uns nomes para os nossos torcedores. Aí eu quero ver uma vez que esses vão conviver cá no ano que vem”, declarou o treinador. “Se continuar mentindo, eu vou dar nomes aos ‘bois’, vou brigar também, vou invocar de ‘mentiroso’, de ‘covardes’ porque estão se aproveitando da situação.”
“Vocês também têm família, andam por aí e o torcedor conhece alguns de vocês. Alguns de vocês vão debutar a passar dificuldade também. Volto a repetir: não tenho susto de ninguém da prensa. Não preciso de nenhum de vocês. Eu saudação e sou profissional, se forem profissional comigo.”
Em outro momento da entrevista, Renato Gaúcho sugeriu que alguns jornalistas ganham “presentinhos” para dar notícias falsas. “Posso jogar no ventilador também. Vocês não fazem isso?”, questionou, em referência a supostas notícias falsas sobre treinadores que poderiam substituí-lo no comando do Grêmio.
“Se continuar essas invenções de notícias para tumultuar o envolvente, eu vou ser o primeiro a conversar com a direção e pedir para não dar mais entrevistas. Já que, deste lado aí, vocês não querem ser profissionais, não vou mais escutar o treinador falar. O facilitar vai vir cá dar entrevista”, declarou.
Apesar da situação difícil do Grêmio na tábua do Brasileirão, ainda perto da zona de rebaixamento, o treinador afirmou ser “bom demais”, em condições de evitar uma verosímil queda para a Série B. “Eu sou muito bom. Sou bom demais. O que vocês fazem com os treinadores não dá, não. Eu mato no peito, não escuto, não leio. Se não, eu enlouqueço. Mas sei da minha capacidade. O presidente sabe da minha capacidade, por isso me manteve no clube até agora.”
O time gaúcho ocupa o 14º lugar da tábua, com 41 pontos, três supra da zona de rebaixamento. O primeiro time dentro da zona de queda é o Criciúma, com 38, em 17º.
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