No zoológico Parque Reptilandia, localizado na Costa Rica, foi registrado o primeiro caso de reprodução assexuada em crocodilos. De acordo com a BBC, que cita um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Biology Letters, o réptil produziu um feto que era 99,9% geneticamente idêntico a si.
O fenômeno conhecido como “nascimento virgem” já foi observado em várias outras espécies de aves, peixes e até mesmo répteis, mas nunca em crocodilos. No entanto, os pesquisadores acreditam que essa característica pode ter sido herdada de um ancestral, o que sugere que os dinossauros também possam ter tido a capacidade de se reproduzir assexuadamente.
Segundo a BBC, a fêmea de crocodilo foi resgatada e colocada em cativeiro em 2002, quando tinha apenas dois anos, e desde então foi mantida separada de outros répteis da mesma espécie.
Em 2018, aos 18 anos, ela pôs uma ninhada de 14 ovos, sendo que sete pareciam estar férteis. Na época, os cuidadores do parque incubaram os ovos, mas nenhum deles chegou a eclodir. Seis meses depois, eles decidiram abrir os ovos e notaram que um deles continha um feto completamente formado.
Uma equipe de pesquisadores analisou o natimorto e concluiu que ele possuía uma semelhança genética de 99,9% com a mãe, evidenciando que o ovo não foi fecundado.
“Não é incomum que répteis em cativeiro ponham ovos, mas devido ao isolamento dos companheiros, esses ovos geralmente são considerados inviáveis e descartados. Esses resultados sugerem, portanto, que os ovos devem ser avaliados quanto à sua viabilidade potencial quando os machos estão ausentes”, afirmaram os pesquisadores, conforme citado no estudo.
Para os responsáveis, “essa nova evidência oferece uma perspectiva fascinante sobre as possíveis capacidades reprodutivas de parentes extintos dos crocodilos, como os dinossauros”.
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