(FOLHAPRESS) – Uma série que tem velocidade e potência foi a escolha perfeita achada por Kaya Scodelario para estrear em uma produção brasileira. Aos 32 anos, a britânica já buscava há qualquer tempo uma projeto que evocasse as suas raízes por segmento de mãe, que nasceu no país.

 

“O Brasil não é unicamente praia, samba e a Amazônia. Queria uma história humana sobre os brasileiros, um pouco apaixonante e importante e que ajudasse o mundo a entender por que nós somos pessoas tão bonitas, felizes, orgulhosas”, diz ela em entrevista à Folha de S.Paulo.

Por isso, quando seu agente soube, em seguida cinco anos de buscas, que uma produção sobre Ayrton Senna estava em curso, ela já tratou de tentar ser uma das escolhidas para o elenco. A série sobre o piloto de Fórmula 1 estreia na sexta-feira (29) na Netflix.

Kaya começou a curso aos 14 anos no drama juvenil “Skins” e também já atuou na franquia “Maze Runner” e em “Piratas do Caribe”. Fazer uma entrevista com ela, mesmo que por vídeo, deixa em evidência algumas de suas características brasileiras. Durante a entrevista, ela aparenta estar sentada no pavimento de pernas cruzadas e logo sorri ao terebrar a câmera (zero de formalidade britânica).

Apesar de preferir falar em inglês porque seu português “não é muito bom” (simplicidade da atriz), ela arrisca algumas falas, que são totalmente compreensíveis. Senna permitiu, diz ela, que o Brasil fosse visto e se mostrasse nos anos 1990. “Em um esporte tradicionalmente muito elitista. Ele era privativo”, ressalta.

Crescendo em uma comunidade brasileira em Londres, ela afirma saber quem era o piloto desde moçoilo. Mas foi mesmo quando assistiu ao documentário “Senna” (2010), do diretor britânico Asif Kapadia, que ela se deu conta da relevância do ídolo para o país. O cineasta também dirigiu documentários biográficos sobre Amy Winehouse e Diego Maradona.

“Eu assisti ao documentário cá em Londres, e a sala estava enxurro de brasileiros. Eles gritaram, riram e choraram. Tinha muita paixão e orgulho. Ali eu realmente senti que entendi o que ele significava para o mundo, mas mormente para os corações brasileiros”, conta.

A personagem de Kaya é a jornalista esportiva Laura Harrison, que, assim uma vez que na vida real, é britânica e brasileira. Para o papel, ora ela fala inglês ora português. A preparação para a personagem envolveu uma vez que se portar uma vez que uma jornalista (sua primeira na curso) e passar crédito.

“Pesquisei bastante uma vez que era para as mulheres que cobrem esportes naquela estação porque era ainda mais difícil nos anos 90. Em muitas gravações que vi, elas estavam cercadas por um grupo de homens e precisavam decorrer para serem ouvidas e poder perguntar”, diz. “Também li muito sobre a Fórmula 1, para que a Laura fosse positivo no trabalho. Eu realmente senhoril o jornalismo, é uma segmento importante da democracia e do mundo.”

No entanto, complementa, tem uma segmento complicada da profissão: redigir rápido. “Eu não consigo, é muito difícil”, diz aos risos.

A experiência permitiu que ela se conectasse ainda mais com o Brasil. Kaya ressalta que, mesmo tendo desenvolvido em meio a uma possante comunidade tupiniquim e com elementos culturais (uma vez que as novelas, Xuxa, a margem É O Tchan e arroz e feijoeiro), se sente muito brasileira para a Inglaterra e muito inglesa para o Brasil.

“Mas sempre senti que minha espírito e meu coração são muito mais brasileiros do que britânicos. Tenho mais conexão com as pessoas daqui do que com as de morada”, afirma.

Para uma segmento das filmagens, ela passou seis semanas em São Paulo junto com os filhos (um menino de oito e uma moça de dois, cujos nomes ela não revela) e o ex-marido, o também ator Benjamin Walker.

“Eu não queria permanecer em um hotel, logo aluguei uma morada. Íamos ao supermercado e ao parque todos os dias. Meu rebento adora manducar moqueca, bobó de camarão, coxinha, pão de queijo. Eu cozinho feijoada toda semana para ele”, diz sobre o rebento mais velho, que fala português e adorou saber o Brasil.

“É uma verdadeira honra passar isso para meus filhos porque é difícil manter uma legado a cada geração”, comenta a atriz.

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