BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi questionado nesta quinta (30) se planejava visitar o lugar da colisão entre duas aeronaves próximo ao aeroporto Ronald Reagan, em Washington, e respondeu “quer que eu nade?”.

 

“Eu tenho projecto para visitar, não o lugar. Você quem me diz, o que é o lugar? A chuva? Quer que nade?”, questionou o presidente americano. Ele estava assinando ordens na Lar Branca quando foi perguntado por jornalistas sobre o tópico.

Um jato mercantil da American Airlines colidiu na noite desta quarta-feira (29) com um helicóptero militar sobre o rio Potomac, numa região próxima ao aeroporto Ronald Reagan, a 6 km do núcleo de Washington, capital dos Estados Unidos.

Segundo a companhia aérea, havia 60 passageiros e 4 tripulantes na aeroplano protótipo CRJ-700. Já o helicóptero, um Sikorsky H-60 Black Hawk pertencente ao Tropa, carregava três soldados baseados em Fort Belvoir, na Virgínia, que faziam um voo de treinamento.

Equipes de resgate passaram a madrugada vasculhando o Potomac em procura de vítimas -uma operação que, segundo o encarregado do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donelly, mobilizou muro de 300 socorristas e o deslocamento de vários barcos e helicópteros.

Nesta quinta-feira (30), porém, Donelly afirmou que as equipes não encontraram nenhum sobrevivente e, por isso, a operação deixaria de buscá-los para focar o resgate de corpos. Segundo ele, 27 mortos já tinham sido retirados do avião e um do helicóptero.

Com potenciais 67 mortos, esta seria a pior colisão aérea a ocorrer na capital americana desde 13 de janeiro de 1982. Na ocasião, um avião da Air Florida bateu em uma ponte sobre o Potomac e caiu, matando 78 pessoas -74 estavam na aeroplano, e as outras quatro, em automóveis que atravessavam a ponte naquele momento. Daquela vez, porém, houve cinco sobreviventes, sendo quatro passageiros e um tripulante.

Trump, que assumiu há dez dias a Presidência dos EUA, foi informado sobre o incidente muro de duas horas depois de ele ocorrer. Ele agradeceu aos socorristas e disse estar acompanhando a situação num pronunciamento divulgado pela Lar Branca.

Depois, o presidente comentou o caso em sua rede, a Truth Social, questionando o motivo do acidente. “O avião estava em uma risca de aproximação perfeita e rotineira para o aeroporto. O helicóptero estava indo diretamente em direção ao avião por um período prolongado. Era uma noite clara, as luzes do avião estavam brilhando intensamente. Por que o helicóptero não subiu ou desceu, ou virou?”, escreveu.

“Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles viram o avião? Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada”, seguiu.

Trump voltou a levantar suspeitas contra os controladores de tráfico nesta quinta, em um encontro com a prelo. Na ocasião, ele afirmou que o nível dos profissionais da extensão baixou devido a políticas de inconstância promovidas pela FAA durante as gestões de Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025).

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