Policiais fortemente armados patrulhavam hoje as ruas de Nairobi e uma segurança apertada era também visível no exterior dos gabinetes governamentais, edifícios públicos e centros comerciais.
“Em relação ao alerta terrorista francês, asseguramos ao público que a segurança dos quenianos, incluindo as infraestruturas essenciais, está sendo reforçada em todo o país, especialmente nas cidades”, disse o porta-voz da polícia Bruno Shioso.
“Instamos os quenianos a permanecerem calmos e a compartilharem com a polícia qualquer informação sobre atividades suspeitas”, acrescentou o porta-voz.
A embaixada francesa no Quênia emitiu um aviso aos seus cidadãos contra um “risco de ataque nos próximos dias” em Nairobi, recomendando “evitar lugares frequentados por estrangeiros”, tais como hotéis, restaurantes e centros comerciais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês reiterou o “risco real” de ataques terroristas no Quênia contra locais públicos frequentados por estrangeiros.
Numa atualização na quinta-feira no seu portal na Internet, o ministério apelou ao “povo do Quênia para estar extremamente vigilante” e “evitar a frequência destes locais públicos nos próximos dias, incluindo este fim de semana”.
A embaixada alemã emitiu um aviso semelhante aos seus cidadãos, enquanto a representação holandesa afirmou ter sido informada pelos franceses da possível ameaça, descrevendo a informação como “credível”.
Desde a sua intervenção militar no sul da Somália em 2011 para combater islamitas radicais somalis, o Quênia tem sido alvo de vários ataques particularmente mortíferos, nomeadamente contra o centro comercial Westgate em Nairobi, em setembro de 2013 (67 mortos), contra a universidade de Garissa (leste), em abril de 2015 (148 mortos), e contra o complexo hoteleiro Dusit, em Nairobi, em janeiro de 2019 (21 mortos).
Em janeiro de 2020, o grupo al-Shebab, um movimento ligado à Al-Qaida, ameaçou o Quênia, avisando o país de que “nunca estaria seguro”.
O contingente militar queniano é um dos maiores integrados na missão da União Africana na Somália (Amisom), que em 2011 expulsou a Al-Shebab de Mogadíscio.
Este grupo ainda controla grandes áreas rurais na Somália e realiza regularmente ataques na capital do país, Mogadíscio.
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