Um grupo de investigadores do Statens Serum Institut, na Dinamarca, revela que as pessoas que estiveram infectadas pela variante Ômicron (BA.1) têm menos hipótese de ser contaminadas pela linhagem BA.2, segundo um estudo publicado na plataforma MedRxiv
Depois de sequenciarem amostras de sangue de 263 pessoas reinfectadas pelo coronavírus entre novembro de 2021 e meados de fevereiro de 2022, os cientistas descobriram que 47 foram infectados pela BA.2 após a contaminação pela BA.1.. Os dados mostram ainda que 140 indivíduos foram infectados com a subvariante depois de terem contraído a variante Delta.
No entender do investigador Troels Lillebaek, responsável pelo inquérito, os resultados revelam que a onda de Ômicron acabou por conferir proteção contra a subvariante BA.2. “Houve um aumento da imunidade que preveniu um desastre”, afirmou, em entrevista à revista Nature.
O mesmo estudo demonstra que as vacinas têm evitado que as pessoas contaminadas com Ômicron e a subvariante desenvolvam casos graves da doença. “Vimos a reinfecção pela BA.2 predominantemente em doentes jovens e que não levaram a vacina. Isso indica que o imunizante confere alguma proteção”, defende Lillebaek.
Recorde-se que a linhagem BA.2 da variante ômicron foi detectada pela primeira vez em Portugal no final de dezembro.
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