“Pelo movimento que temos em 2024, é muito consistente e mostra justamente a capacidade do mercado de trabalho brasiliano que, mesmo com toda a sua flutuação, tem um temporário de trabalhadores informais muito grande, mas a despeito disso, vem aumentando o número de empregados com carteira assinada. Com todas as suas particularidades, o mercado de trabalho brasiliano vem respondendo de forma bastante satisfatória no ano de 2024”, disse Adriana Beringuy nesta sexta-feira (27), na entrevista em que apresentados os dados da PNAD Contínua do semestre encerrado em novembro.
Para Adriana, o movimento de queda muito espalhado pelas atividades econômicas é uma das explicações para a manutenção do recuo. “Não tem concentração em uma atividade específica. Tem desde serviços de mais qualificação dos profissionais, especificamente, mas tem a secção da construção e de serviços domésticos. Tem uma flutuação de atividades econômicas que estão manifestando a sua demanda por trabalhador”, afirmou.
Adriana Beringuy ressaltou que esse movimento terá que ser escoltado ao longo de 2025, sempre olhando o conjunto de informações de indicadores econômicos, uma vez que a trajetória da renda. “Isso tudo a gente vai ter que considerar ao longo do ano de 2025 para ter a estudo. O movimento de manutenção da firmeza vai depender do contexto macroeconômico e também do quanto as atividades econômicas vão exigir de população ocupada para manter nascente nível atual de consumo, uma vez que também, até mesmo, a sua própria expansão.”
Segundo Adriana, cada atividade tem suas particularidades, uma vez que no caso da lavoura, atividade que demanda poucos trabalhadores e vem reduzindo ainda mais essa urgência em função de questões climáticas. Há também a atividade da construção, que se expandiu bastante neste ano. “Isso porque houve uma demanda maior de construção e de edificações. O setor de construção foi mais demandado e a indústria, também. Vai ser o comportamento dessas atividades econômicas, associado à renda dos trabalhadores, que vai realmente mostrar, ou para a manutenção, ou para a expansão desses indicadores.”
Ela acrescentou que, além das taxas quantitativas que vêm registrando recordes, existe as características relacionadas à forma de inserção, uma vez que é o caso do prolongamento do número de empregados com carteira assinada, ou ainda pelo patamar de rendimento que vem se mantendo em prolongamento. “Por isso, é que se vê essa consistência ao longo do ano de 2024.”
Adriana destacou ainda que o mercado de trabalho tem seus movimentos sazonais, uma vez que o que costuma ocorrer no início de cada ano, com registro de expansão do desemprego. “No início de cada ano, esse indicador vai expandir e depois recuar, mas, excluindo a sazonalidade, há fatores que podem realmente influenciar, seja a manutenção desse patamar bastante grave da taxa de ocupação, sua manutenção, a perenidade de queda ou a sua expansão. Isso vai depender do desempenho das atividades econômicas que tem sido fundamental para esta resposta do mercado de trabalho.”