Putin sugere que vai usar forças da Coreia do Setentrião na Guerra da Ucrânia

KAZAN, RÚSSIA (FOLHAPRESS) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu nesta quinta (24) pela primeira vez que pode empregar forças da aliada Coreia do Setentrião na Guerra da Ucrânia.

 

Em entrevista coletiva ao termo da cúpula do Brics em Kazan, o anfitrião do encontro parou muito perto de confirmar o que os serviços de lucidez dos EUA, Coreia do Sul e Ucrânia vêm dizendo há dias: que Pyongyang já enviou talvez 3.000 dos 12 milénio soldados que estaria disposta a ceder a Putin.
Questionado sobre imagens de satélite que mostravam concentrações dessas forças na Rússia, Putin disse que “se há imagens, elas refletem alguma coisa”. Mais ainda, referiu-se diretamente ao pacto estratégico que assinou em julho com o ditador Kim Jong-un.

Ele é um tratado de resguardo mútua, das quais cláusula 4º prevê que um país socorrerá ao outro em caso de um deles “ser posto em estado de guerra por uma invasão armada”. “Estamos em contato [com Pyongyang] para ver uma vez que desenvolvemos isso. Eles estão comprometidos com o cláusula 4º”, disse.

O pacto foi ratificado por deputados russos nesta quarta, uma formalidade na prática. Seus termos exatos não são totalmente públicos, uma vez que por exemplo uma vez que fica o compartilhamento de táticas nucleares dos países, ambos detentores de ogivas atômicas.
Putin negou que, uma vez que disseram os EUA e a Coreia do Sul, tal trabalho de forças seria uma escalada. Repassou sua narrativa acerca da guerra, que costuma estrear com a queda de um governo coligado seu em Kiev, em 2014.

Chamou o movimento de golpe e culpou o Oeste por apoiá-lo, assim uma vez que o envio de armas de precisão para a Ucrânia. Voltou a fazer previsões otimistas. “Estamos indo em frente em toda a risca de contato. Em Kursk [área russa invadida pela Ucrânia], cercamos 2.000 soldados e vamos expulsar eles”, disse.
Putin mencionou a proposta de negociações de sossego feita pela China e pelo Brasil, dizendo que ela teve muito espeque dentro e fora do Brics. Mas sugeriu que, entre outros motivos, o ucraniano Volodimir Zelenski não admite conversar porque quer permanecer no poder.

“Para negociar, ele teria de levantar a lei marcial, e aí haveria eleições”, disse. O procuração do presidente da Ucrânia expirou no início do ano, mas ele permanece governando porque a lei não permite pleitos com a lei marcial instalada devido à guerra.

O presidente falou também sobre outros assuntos, além, evidente, de Brics. Disse que está em “estreito contato” com o Irã, que está prestes a ser atacado em retaliação por Israel, mas afirmou que seu foco é encontrar uma solução pacífica.

Teerã é uma aliada de Moscou.

O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, pontificou a primeira aparição de seu país uma vez que membro do Brics nesta reunião de Kazan. Ouviu de Putin, publicamente, que está tudo pronto para um pacto de parceria estratégica entre as duas nações ser assinado.

Com isso, articula-se uma conexão militar entre adversários fortemente armados, com armas nucleares no caso russo e norte-coreano, do eixo de países mais desempenado à China na Guerra Fria 2.0 contra os EUA e seus aliados ocidentais.

Mas Putin diz querer a sossego. “Todos no Oriente Médio querem evitar uma escalada”, disse. “Temos de comportar que Israel sofreu um ataque terrorista [do Hamas, no 7 de outubro de 2023]. Mas a resposta é desproporcional”, completou.

O Irã já foi envolvido no conflito ucraniano, com a querela ocidental de que forneceu mísseis balísticos para Putin. Os principais drones suicidas da Rússia são modelos iranianos. A Coreia do Setentrião, por sua vez, é vista uma vez que fornecedora de munição de seu profuso estoque para os russos.