Reinaugurado em 8 de novembro de 2021, o Fab Lab do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) tem se dedicado à criação de equipamentos ortopédicos voltados, sobretudo, para crianças acometidas por paralisia cerebral. Uma das primeiras soluções desenvolvidas e que está em fase de testes é o headpod, uma espécie de suporte indicado para as pessoas que não conseguem sustentar o peso da cabeça.
O Fab Lab do PTS é um laboratório que oferece suporte para a criação de ferramentas e soluções nas áreas digital e de engenharia robótica. Incentiva o desenvolvimento de projetos de cultura maker, o “faça você mesmo”, com atividades de ciência, lógica e robótica. “Investir em tecnologia e inovação é o caminho para um futuro cada vez melhor para a nossa cidade e o objetivo é continuar investindo em tecnologia que traga benefícios à população”, conclui o prefeito Rodrigo Manga.
Desenvolvido nesse laboratório, o headpod é um recurso que, quando acoplado à cadeira de rodas, garante mais estabilidade e conforto às crianças cadeirantes. É produzido em materiais comumente usados na impressão 3D, o PLA (poliácido láctico) e ABS (acrilonitrila butadieno estireno), e encontra-se em fase final de testes e validação.
Conforme destaca o presidente do PTS, Nelson Tadeu Cancellara, pessoas com deficiência, os chamados PcDs, necessitam de um olhar mais atento da sociedade. “Pensando nisso, o Fab Lab, com suas infinitas possibilidades, pode contribuir criando outras ferramentas como essa, que facilitem o cotidiano dessas pessoas”, acrescenta.
O diretor operacional do PTS, Eduardo Marques, conta, ainda, que a criação do headpod teve início depois que eles receberam a sugestão da mãe de uma menina que tem paralisia cerebral. “Tivemos esta demanda e iniciamos o projeto para contribuir com a qualidade de vida da criança, aliviando suas dores e tornando seu dia a dia mais confortável”, detalha.
Por parte da Prefeitura há, também, o comprometimento em oferecer todo o apoio necessário para o funcionamento do Fab Lab, visando reforçar as pesquisas e o desenvolvimento de outras soluções de tecnologia ortopédica.
O headpod é considerado a melhor solução para crianças entre 2 e 14 anos, incapazes de sustentar o peso da própria cabeça, devido à fraqueza muscular do pescoço (baixo tônus muscular). A dificuldade ocorre, por exemplo, em alguns tipos de paralisia cerebral e qualquer doença ou síndrome que cause hipotonia dos músculos do pescoço.
O equipamento disponível hoje no mercado tem valor pouco acessível, o que torna ainda mais relevante o desenvolvimento feito no Fab Lab do PTS, com função semelhante e de custo comparativamente muito menor. “Estamos estudando a possibilidade de executar projetos similares também voltados para acessibilidade”, ressalta Eduardo Marques.
Fotos: Divulgação
Parque Tecnológico – Agência de Notícias