O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira mostrou manutenção na previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, em 0,29%. Há um mês, a estimativa era de 0,42%. Considerando apenas as 52 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 avançou de 0,34% para 0,41%.
O boletim não traz mais a expectativa para o resultado do PIB do ano passado. Para 2023, por sua vez, a mediana cedeu de 1,75% para 1,69% – de 1,80% há quatro semanas.
Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Relatório Focus ainda trouxe a mediana para 2025, que também continuou em 2,00%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2,0%.
O Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022 cedeu de 62,50% para 62,48%, ante 63,00% de um mês atrás.
O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 0,96% para 0,94%. Há um mês, o porcentual estava em 1,10%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 piorou, de 7,88% para 8,00%. Há quatro semanas, estava em 7,40%.
Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB passou de 66,25% para 66,00%, de 65,20% há um mês. A mediana para o déficit primário variou de 0,63% do PIB para 0,60%, e para rombo nominal mudou de 7,03% para 6,88% do PIB. Os porcentuais eram de 0,70% e 6,50%, respectivamente, há quatro semanas.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Déficit em c/c
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, de US$ 24,00 bilhões para US$ 24,25 bilhões, ante US$ 21,25 bilhões de um mês atrás. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 22,80 bilhões para US$ 24,60 bilhões, na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. Há um mês, a mediana era negativa em US$ 20,00 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 continuou em US$ 52,00 bilhões, ante igual montante estimado um mês antes. Para 2022, a expectativa permaneceu em US$ 58,00 bilhões, mesmo valor de um mês antes.
No caso da balança comercial em 2022, a estimativa de superávit continuou em US$ 56,00 bilhões, de US$ 55,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 51,00 bilhões para US$ 50,65 bilhões, de US$ 51,00 bilhões há um mês.
A estimativa para o déficit em conta corrente no ano que vem aumentou de US$ 27,50 bilhões para US$ 31,12 bilhões e de IDP foi mantida em US$ 70,00 bilhões. Há quatro semanas, as medianas eram de US$ 27,50 bilhões e US$ 70,00 bilhões, nessa ordem.
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