Com a chegada do outono, muitas pessoas começam a sentir os efeitos da estação mais seca do ano. Além de as folhas caírem das árvores e as temperaturas diminuírem, a falta de umidade do ar eleva a incidência de doenças respiratórias como gripe, resfriado, otite, crise de asma, pneumonia e sinusite.
O coordenador do serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital HSANP, Milton Alves Monteiro Júnior, explica que a baixa umidade do ar afeta as mucosas das vias respiratórias, deixando-as mais passíveis de irritações. “Isso acontece porque o ar seco retira a umidade natural da mucosa, deixando-a mais suscetível à presença de agentes infecciosos. Além disso, a falta de chuvas pode aumentar a quantidade de poluentes no ar, o que também afeta a saúde respiratória”, esclarece.
Não coincidentemente, os meses de abril e maio são considerados os mais críticos para a saúde respiratória. “As condições climáticas favorecem a proliferação de vírus e bactérias, que podem causar uma série de problemas à saúde, desde resfriados comuns até infecções mais graves, como a pneumonia. E, para os pacientes que já sofrem com crises alérgicas e doenças infecciosas como asma e bronquite, é pior ainda”, completa.
Os sintomas de resfriado e gripe, como febre, tosse, espirros, congestão nasal e dor de garganta, tornam-se mais frequentes em decorrência da mudança climática, mas existem algumas medidas simples que podem ser adotadas para prevenir o contágio. “Alguns hábitos, como uma boa higiene pessoal, lavar as mãos regularmente, evitar compartilhar objetos de uso pessoal, manter a casa limpa e arejada, hidratar o organismo com maior consumo de água e evitar locais fechados e com aglomeração, são importantes para prevenir o contágio de doenças respiratórias”.
Mas, mesmo que nesta época do ano seja mais comum a presença dos sintomas gripais e problemas respiratórios, a automedicação não deve ser considerada. No caso de apresentar quaisquer indícios da doença, é importante procurar por atendimento médico, para que o diagnóstico seja feito e o tratamento iniciado o mais breve possível. Com essas medidas, a probabilidade de reduzir o risco de infecção e manter a saúde respiratória em dia durante o outono é ainda maior.
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