Presidente da AstraZeneca na China é preso acusado de venda ilegal de medicamento

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da AstraZeneca na China, Leon Wang, foi recluso na semana passada pelas autoridades chinesas. A informação foi confirmada pela gigante farmacêutica ao Financial Times e à sucursal de notícias AFP.

 

Além de Wang, dois executivos e outros dois ex-executivos da empresa na região estão sendo investigados por coleta de dados potencialmente ilegais e importação e venda irregular de medicamento contra cancro. O Financial Times não conseguiu contato com representantes de Wang para comentar.

A China é um mercado-chave para o grupo farmacêutico, que desenvolveu uma vacina contra a Covid-19 amplamente vendida em todo o mundo durante a pandemia do coronavírus.

Em setembro, a empresa confirmou que vários de seus funcionários estavam sob investigação na China, depois que surgiram notícias de que eles estavam sendo questionados sobre coleta de dados e importação de medicamentos potencialmente ilegais.

De consonância com o Financial Times, a investigação envolve a importação ilícito do remédio Imjudo, usado para tratamento de cancro. O medicamento é legalizado em outras partes do mundo, mas não na China. A suspeita é que o Imjudo chegou ao território chinês vindo de Hong Kong.

O medicamento é regularmente prescrito junto com o Imfinzi, outra terapia contra o cancro que é feito pela AstraZeneca, porquê uma terapia combinada para pacientes com cancro de fígado avançado.

No pretérito, a AstraZeneca já enfrentou problemas na China. Murado de século vendedores da farmacêutica no país foram punidos por fraude entre 2020 e 2021 por falsificar resultados de testes genéticos de pacientes que, de outra forma, não se qualificariam para o seguro estatal para o medicamento.

Na semana passada, a AstraZeneca já havia anunciado que Wang estava sendo investigado pelas autoridades chinesas e que cooperava com a investigação.