A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema), resgatou, nesta sexta-feira (10), um bugio adulto ferido, na sede da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), localizada no Alto da Boa Vista. O animal de vida livre foi encaminhado ao Núcleo da Floresta, um CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) localizado em São Roque (SP), onde já recebe todos os cuidados necessários para a sua reabilitação.
“Felizmente conseguimos resgatar o macaco, que está com uma lesão no membro posterior direito e membros anteriores, e levá-lo rapidamente a um CRAS, onde já recebe todos os cuidados necessários”, destaca o secretário da Sema, Antonio Prieto, que continuará acompanhando o caso. Após o resgate, a Sema levou o animal, inicialmente, à Unidade de Proteção e Bem-Estar Animal, onde recebeu os primeiros cuidados até receber a confirmação de autorização para transferência a uma instituição, como o CRAS, que recebe e cuida de animais silvestres de vida livre.
Prieto, acompanhado do Resgate Patrulha Animal, esteve, na tarde de quinta-feira (9), em três diferentes pontos da região do Alto da Boa Vista, realizando as buscas onde o macaco já havia sido avistado, porém o animal não foi localizado na ocasião. Na manhã desta sexta-feira (10), após contato feito pela FUA, o secretário, com o apoio do Resgate Patrulha Animal e dos tratadores do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, retornou ao local e resgatou o bugio.
Importante destacar que, por questão de protocolo sanitário, o “Quinzinho de Barros” não pode receber primatas, devido ao risco de transmissão de doenças infectocontagiosas aos demais primatas que fazem parte do plantel do Zoo. Um animal de vida livre contaminado de febre amarela, por exemplo, poderia transmitir a doença aos primatas que fazem parte do plantel do “Quinzinho de Barros” e até dizimar toda essa população.
“Várias espécies de animais do Zoológico Municipal participam de programas de conservação de espécies de ameaçadas de extinção, que estão instituídos em programas de reprodução. Se, por exemplo, o muriqui-do-sul, que é a espécie de macaco mais ameaçada do Brasil e do planeta, pegar febre amarela, poderia ser uma perda inestimável para a conservação da espécie”, enfatiza o médico veterinário do Zoo, André Luiz Mota da Costa. No mundo, apenas três zoológicos têm muriqui-do-sul em seu plantel: o de Sorocaba, São Paulo e Curitiba.
Meio Ambiente – Agência de Notícias