A Polícia Social de São Paulo cumpriu nesta sexta-feira (17) mandado de prisão temporária contra um varão de 22 anos, no Tatuapé, por suspeita de envolvimento na morte do delator Vinícius Lopes Gritzbach. Ele foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano pretérito.

De contrato com a Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP), o varão já tinha sido recluso em dezembro por policiais da Rota, mas, na ocasião, foi solto na audiência de custódia. Ele é investigado por associação para o tráfico de drogas e por ter relação com o varão assinalado uma vez que olheiro do transgressão no aeroporto, Kauê do Amaral Coelho, que está fugido.

Kauê, que tem mandado de prisão expedido pela Justiça, foi o primeiro suspeito identificado pela investigação, ainda em novembro do ano pretérito. Segundo a SSP, o olheiro circulou pelo saguão do aeroporto no dia do transgressão. De contrato com a investigação, mal viu Gritzbach seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam na superfície externa em um sege.

Nesta quinta-feira (16), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Social, prendeu a namorada de Kauê. Ela foi detida por tráfico de drogas. De contrato com as apurações, a indiciada era responsável por comercializar as drogas traficadas pelo namorado.

Também ontem, a Corregedoria da Polícia Militar prendeu quinze policiais militares suspeitos de envolvimento com o transgressão organizado. Dentre os detidos, um foi identificado uma vez que responsável dos disparos de fuzil contra Gritzbach. Os outros 14 PMs foram presos por prestarem serviço de segurança proibido ao delator, que era investigado por lavagem de moeda e duplo homicídio.

Segundo a SSP, uma força-tarefa segue em diligências para localizar e prender todos os envolvidos no transgressão.

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP), delegada Ivalda Aleixo, disse nesta quinta-feira (17) que a polícia tem duas linhas de investigação para identificar o mandante da realização de Gritzbach. “Quanto ao mandante, nós temos duas linhas de investigação, ambas de partido. Foi um transgressão encomendado por qualquer membro do PCC. Nós temos duas linhas que já estão bastante adiantadas na investigação”, disse.

Vinícius Lopes Gritzbach fez um contrato de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O teor da delação é sigiloso, mas, no último mês de outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por roubo. Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de moeda utilizado pelo grupo criminoso PCC.