Petrobras pretende perfurar 15 poços na Margem Equatorial até 2029

A Petrobras pretende perfurar 15 poços na Margem Equatorial brasileira no horizonte do projecto quinquenal da companhia, divulgado na noite de quinta-feira, 21, e que será detalhado nesta sexta-feira, 22, pela diretoria da estatal. Já nas bacias do Sudeste serão mais 25 poços, ou 40% do totalidade.

 

A superfície de exploração da companhia teve seu orçamento proeminente para US$ 7,9 bilhões entre 2025-2029, para perfuração de 51 novos poços. De pacto com o Projecto, 25 serão perfurados nas bacias do Sul e Sudeste; 15 na Margem Equatorial; e 11 em outras localidades.

Para isso, vai investir US$ 3,2 bilhões na exploração das bacias de Campos, Santos, Pelotas e Espírito Santo; US$ 3 bilhões na Margem Equatorial; e US$ 1,7 bilhão em outros locais, uma vez que Colômbia, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Argentina e Bolívia, sendo essas duas últimas em campos terrestres.

De pacto com a Petrobras, duas descobertas na bacia Potiguar, na Margem Equatorial, estão e avaliação, e a empresa se diz pronta “para perfurar Amapá Águas Profundas”, uma vez que a empresa vem classificando a superfície da bacia da Foz do Amazonas, que ainda depende de licença ambiental para ser avaliada.

A estatal procura reconstituir suas reservas, já que os grandes reservatórios do pré-sal começam a entrar em declínio a partir de 2030, o que deve estar mais detalhado no próximo Projecto Estratégico da companhia (2026-2030).

MPF

Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federalista (MPF) do Amapá recomendou que o Ibama solicite complementações de estudos à estatal e, posteriormente, emita “decisão definitiva sobre o pedido de exploração de petróleo na foz do Amazonas (FZA-M-59)”, no Amapá, para a Petrobras.

Por outro lado, recomendou que a Petrobras cumpra as exigências da autonomia, destacando que já são conhecidas desde 2020 pela empresa, e que o processo vem se prolongando excessivamente.

Nas recomendações, o MPF frisa que o descumprimento das exigências legais do Ibama, pela Petrobras, e o prolongamento não razoável do processo administrativo, pela autonomia, configurariam prenúncio de lesão ao meio envolvente.

“Nesse caso, o órgão pode ajuizar ação social pública para anular procedimento ilícito. O cenário pode ser distante se acatadas as recomendações, o que demonstraria, da secção da Petrobras, obediência à lei e, do Ibama, comprometimento com a Governo Pública e com seu poder de polícia ambiental”, afirmou o MPF em nota nesta sexta-feira, 22.

EPE

Estudo inédito da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apresentado na quinta-feira no Ministério de Minas e Vontade (MME), mostra que o volume totalidade de óleo recuperável é da ordem de 10 bilhões de barris de óleo equivalente. No Brasil não se perfura um poço nessa bacia desde 2011, destacou a EPE.

Somente com a exploração da secção noroeste da bacia da Foz, as reservas brasileiras poderiam subir em 30%, informou a EPE. Ao todo, são 17,7 bilhões de boed in place, dos quais 5,1 bilhões de óleo recuperável, e 167 bilhões de metros cúbicos de gás recuperáveis, considerando uma taxa de gás associado de 17%.