Compostos de saliva de pacientes infectados podem ajudar pesquisadores a entender os mecanismos de atuação do novo coronavírus. Essa é a aposta de uma pesquisa da Universidade do Estado do Riode Janeiro (UERJ), em parceria com aUniversidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ) e aUnigranrio.
Os estudos querem desvendar como se dá a ação do vírus no corpo humano, identificando quais marcadores metabólicos foram alterados pela covid-19. A expectativa é que, no futuro, os resultados ajudem a traçar estratégias e respostas mais adequadas ao enfrentamento da doença.
Um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Gilson Costa, do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes da UERJ, explicou que será feita a análise de pequenas moléculas, chamadas metabólitos, presentes em vários fluidos do corpo humano.
Segundo Costa, a saliva tem sido negligenciada em estudos de biofluidos;no entanto, é de simples coleta e pode conter informações valiosas.
A saliva vai ser analisada por ressonância nuclear, que utiliza campos magnéticos fortíssimos para identificar os diferentes ambientes químicos das amostras – oque, segundoGilson Costa, permite obter um perfil completo dos compostos das salivas dos indivíduos.
Os estudiosos vão se valer da estrutura da maior plataforma para esse tipo de exameda América Latina: o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da UFRJ. A Central Analítica do Instituto de Química da UERJ também possui excelente infraestrutura, mas depende de recursos parareparos e atualizações.
As amostras vão ser coletadas a partir da colaboração da Policlinica Piquet Carneiro, da UERJ, e doCentro de Triagem e Diagnóstico da UFRJ.
Os pesquisadores estimam que dentro de três a seis meses já será possível conhecer os primeiros resultados.
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