O jogador francês Dimitri Payet, do Vasco, foi ouvido na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, sobre as acusações feitas pela advogada Larissa Ferrari. De acordo com o EXTRA, Payet negou todas as acusações e afirmou que o relacionamento entre os dois, iniciado em agosto de 2024, foi consensual e marcado por práticas sadomasoquistas. Segundo o atleta, não houve agressões físicas ou verbais, e as marcas no corpo de Larissa seriam causadas por outros fatores, como contato com móveis.

 

Payet também relatou que a advogada manifestou o desejo de ser urinada durante as relações, prática que, segundo ele, foi realizada diversas vezes de forma consensual. O jogador afirmou à polícia que a prática de beber urina era comum entre o casal. Ele declarou ainda que, em janeiro de 2025, Larissa lhe enviou um vídeo no qual aparecia, de forma voluntária, bebendo seu próprio xixi.

Larissa, por sua vez, acusa Payet de violência física, psicológica e sexual, além de práticas degradantes e humilhantes. A advogada afirma que, a partir de dezembro de 2024, o comportamento do jogador tornou-se mais agressivo, incluindo punições físicas por ciúmes. Em boletins registrados no Rio e no Paraná, Larissa relata hematomas e situações de submissão forçada, como ser obrigada a beber urina e realizar outras práticas degradantes. Perícias realizadas confirmaram hematomas por “ação contundente”, mas sem determinar a causa exata.

Payet afirmou em depoimento que o relacionamento envolvia consentimento mútuo, incluindo trocas de mensagens com conteúdo íntimo e encontros presenciais frequentes. Ele também declarou que Larissa manifestava desejos específicos durante as relações, que ocorreram cerca de dez vezes. A defesa do jogador sustenta que não houve agressões, enquanto Larissa diz que busca justiça para si e para outras mulheres.

O caso está sendo investigado pela polícia, com o inquérito sob sigilo. Além das análises físicas, foi realizado um laudo psicológico que diagnosticou Larissa com Transtorno de Personalidade Borderline. Segundo o documento, ela foi vítima de violência em diferentes formas. A advogada afirmou que Payet “aproveitava de sua fragilidade emocional” para obter vantagens no relacionamento.

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