SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Patti Smith, de 78 anos, deu ingressão na noite desta quarta-feira (29), em um hospital da capital paulista, onde fez uma bateria de exames. Segundo fontes próximas da artista, ela foi atendida no hospital Sírio Libanês, na Bela Vista, região meão de São Paulo, e retornou ao hotel.

 

Os médicos disseram que a artista estava muito fraca, logo que chegou ao hospital. Durante a semana, ela teve crises de enxaqueca e sentiu tontura. A orientação médica é de repouso integral. Por isso, a cantora não deve ir à preâmbulo da exposição “A Amazônia”, na galeria Mendes Wood. Não há previsão para que a artista volte aos Estados Unidos.

A mostra traz videoinstalações do projeto “Correspondences”, uma colaboração artística entre Smith e o Soundwalk Collective. As apresentações, no Teatro Cultura Artística, integram o mesmo projeto. Meia hora depois do início do primeiro espetáculo, Smith passou mal e desabou no palco do teatro, onde ficou por alguns minutos. A segunda sessão do espetáculo, que ocorreria nesta quinta-feira (30), foi cancelada.

Smith foi levada aos camarins em uma cadeira de rodas. Em seguida, voltou à cena para manifestar que não estava muito e que precisaria cancelar a apresentação. Antes de trespassar em definitivo, cantou “Wing” e “Because The Night”. A segunda sessão do espetáculo, que ocorreria nesta quinta-feira (30), foi cancelada.

“Correspondences” pode ser entendido uma vez que uma performance. Durante o mês de janeiro, a artista percorreu a América Latina, lendo seis textos que tematizavam as urgências do século 21, uma vez que a crise climática e a incerteza da existência humana. Em um esforço multimídia, Smith articula a fala, de conformidade com a música, quase sempre atmosférica, sintetizado pela Soundwalk Collective, com sons da natureza.

Ao fundo, eram projetadas filmagens de cineastas, uma vez que o italiano Pier Paolo Pasolini e o russo Andrei Tarkovski. Fundado em 2000 e fundamentado em Berlim, o Soundwalk Collective é um grupo de arte multidisciplinar, que se situa na fronteira entre a música, o cinema e as artes plásticas. Esse grupo já trabalhou com Jean-Luc Godard, Philip Glass e Charlotte Gainsbourg.

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