SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A passagem de fronteira entre Rafah, no sul da Fita de Gaza, e o Egito deve ser reaberta neste sábado (1º), posteriormente a soltura de reféns do convénio de cessar-fogo vigente entre Israel e Hamas. A informação é da dependência de notícias AFP, repassada sob exigência de anonimato por uma mando do grupo palestino e outra pessoa próxima às negociações.

 

O ponto de passagem de Rafah era vital para a ingresso de ajuda humanitária em Gaza até que o Tropa israelense tomou seu lado palestino em maio de 2024. Desde portanto, ele está fechado. Segundo o funcionário do Hamas, os mediadores do conflito informaram o grupo sobre a decisão de Israel de reativar a passagem.

Outra pessoa próxima às negociações disse à AFP que a iniciativa deve permitir a retirada de feridos, porquê segmento do convénio de cessar-fogo. O Ministério da Saúde da Fita de Gaza, governada pelo Hamas, disse que o primeiro grupo de pessoas doentes deixaria o território no sábado para tratamento no Egito.

Na segunda-feira (27), a União Europeia concordou em retomar sua missão de monitorar o ponto de passagem de Rafah, com 18 tropas locais e da UE, incluindo membros das forças de segurança italianas, espanholas e francesas.

A patrão de política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que havia largo convénio entre os Estados-membros de que a Missão de Assistência Fronteiriça da UE poderia desempenhar um papel decisivo no suporte ao cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Nesta sexta-feira (31), Kallas postou em suas redes sociais: “A missão social de fronteira da UE se desloca hoje para a travessia de Rafah a pedido dos palestinos e israelenses. Ela dará suporte ao pessoal palestino da fronteira e permitirá a transferência de indivíduos para fora de Gaza, incluindo aqueles que precisam de cuidados médicos”.

Fontes de segurança egípcias confirmaram que membros da equipe da UE chegaram à instalação. Segundo as autoridades, as pessoas só poderão viajar em uma direção, de Gaza para o Egito, por enquanto. A travessia será administrada por membros da Mando Palestina e monitores europeus, disseram autoridades da dependência de notícias AP e do Hamas.

Na sexta-feira, centenas de pessoas se manifestaram no Egito perto do posto de fronteira de Rafah contra a verosímil transferência de habitantes de Gaza para seu país, uma teoria lançada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O republicano recentemente lançou a teoria de “limpar a Fita de Gaza” e forçar a Jordânia e o Egito a receber os palestinos que vivem lá -ambos os países rejeitaram as ideias.

Israel e Hamas realizarão sua terceira troca de reféns e prisioneiros também neste sábado, sob o convénio de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro. Até o momento, o grupo islâmico libertou nessa leva 15 reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos por Israel.

O Hamas disse nesta sexta (31) que libertará o pai dos reféns mais jovens capturados em seu ataque, e outros dois -incluindo um cidadão americano e um galicismo. Yarden Bibas, Keith Siegel e Ofer Kalderon serão entregues no sábado, disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do grupo terrorista.

Yarden Bibas é pai do bebê Kfir, que tinha somente nove meses quando foi sequestrado, e de Ariel, que tinha quatro anos na quadra do ataque. Não houve nenhuma termo sobre o direcção de Kfir e Ariel, ou sobre sua mãe Shiri, que foi sequestrada junto. O Hamas disse no final de 2023 que eles foram mortos por um bombardeio israelense nos primeiros meses da guerra.

O israelo-americano Keith Siegel também deve ser libertado. Ele foi feito refém com sua esposa Aviva, que foi libertada na primeira troca de reféns, em novembro de 2023. Os dois filhos de Ofer Kalderon, Erez e Sahar, sequestrados junto com ele, também foram libertados na primeira troca. A família do cidadão franco-israelense disse que aguarda com “imensa alegria misturada com angústia paralisante” sua libertação.

Na troca, 90 prisioneiros palestinos, incluindo nove cumprindo penas perpétuas e 81 cumprindo penas de longo prazo, serão libertados por Israel, segundo o escritório de informações de prisioneiros do Hamas.