Passageiras mortas em queda de helicóptero voavam pela primeira vez

FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As passageiras do helicóptero modelo Robinson R44 que morreram na queda da aeronave no dia 31 de dezembro, quando saiu de São Paulo com destino a Ilhabela, no litoral norte, voavam de helicóptero pela primeira vez, segundo Sidney Santos, pai e avô das vítimas.

Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, e da filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, foram convidadas para o voo pelo empresário Raphael Torres, que era amigo da família.

“Era a primeira vez que elas viajavam de helicóptero. Nós não sabíamos da viagem”, disse Santos.

Ainda segundo ele, a viagem tinha sido uma surpresa.
“Disseram que era uma surpresa, um bate e volta do Réveillon”, disse, acrescentando que Letícia era filha única de Luciana.
A jovem não morava com a mãe. Ela vivia com os avós.
Santos afirmou que a família não pretende acompanhar as investigações das causas do acidente que culminou na morte de quatro pessoas.

“Como o Raphael [Torres] era amigo da família e elas eram maiores de idade, a gente não vai atrás dessa investigação. A gente vai começar a finalizar por aqui”, afirmou.
O velório das duas passageiras estava previsto para acontecer do meio-dia às 16h. Mas teve seu início adiantado para pouco antes das 11h30 e também vai terminar mais cedo.

A busca pela aeronave durou 11 dias e mobilizou a Polícia Militar, a FAB (Força Aérea Brasileira), o Exército e a Polícia Civil, além de equipes de buscas particulares contratadas pelas famílias das vítimas.

Os destroços da aeronave foram encontrados na manhã de sexta-feira (12), por volta das 9h15, em área de mata densa, em Paraibuna, no Vale do Parnaíba. Os militares precisaram descer de rapel do helicóptero para acessar o ponto da queda e os destroços da aeronave.

Estavam a bordo o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.