O Parlamento da Coreia do Sul aprovou, neste sábado, o processo de destituição do presidente Yoon Suk-yeol.

 

O presidente da Câmara, Woo Won-shik, anunciou que a votação foi aprovada com 204 votos favoráveis, 85 contrários, três abstenções e oito votos inválidos, de um totalidade de 300 deputados. Para que a moção fosse aprovada, eram necessários pelo menos 200 votos favoráveis, representando uma maioria de dois terços. Apesar do voto ser secreto, pelo menos 12 parlamentares do Partido do Poder Popular (PPP), conservador e governista, tiveram que concordar o impeachment, já que os partidos de oposição detêm 192 cadeiras no parlamento.

Embora o PPP tenha se reunido a portas fechadas antes da votação e pronunciado que oficialmente não apoiaria a moção, a escrutinação dos votos indica que membros do partido não seguiram a orientação solene. Com mais de 200 votos em prol, o presidente Yoon Suk-yeol será suspenso temporariamente do função, e o primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente a presidência.

Apesar da aprovação no Parlamento, a destituição ainda precisa ser analisada pelo Tribunal Constitucional. Para que o impeachment seja confirmado, é necessário que seis dos nove membros do tribunal votem em prol da moção, o que pode levar até 180 dias. Caso isso ocorra, Yoon Suk-yeol será o segundo presidente sul-coreano removido do função durante o procuração, depois Park Geun-hye, afastada em 2017 por devassidão. Do lado de fora da Tertúlia Pátrio, milhares de manifestantes celebraram a aprovação do processo, em um contexto de crescente insatisfação política depois Yoon ter decretado lei marcial no país, decisão que provocou protestos generalizados.

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