Muitas pessoas recorrem a medicamentos como paracetamol, aspirina e ibuprofeno para aliviar sintomas como dores de cabeça, musculares, febre ou cãibras. No entanto, é importante lembrar que, apesar de todos serem eficazes no alívio da dor, cada um age de maneira diferente, e a escolha do medicamento deve levar em consideração os sintomas específicos.
Especialistas, citados pelo Metro, explicam como funciona cada um desses medicamentos e em que situações é mais indicado usá-los.
Paracetamol
Segundo Suzanne Wylie, médica, o paracetamol é eficaz principalmente como analgésico e antipirético (reduz a febre). “Ele não tem propriedades anti-inflamatórias significativas, o que o torna uma opção adequada para o alívio de dores gerais, como dores de cabeça, dores musculares leves a moderadas e febres associadas a resfriados e gripes.”
O paracetamol pode ser utilizado pela maioria das pessoas, incluindo mulheres grávidas e crianças. No entanto, é fundamental seguir a dosagem recomendada, pois o uso excessivo pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática.
Ibuprofeno
O ibuprofeno é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) que atua reduzindo hormônios causadores de dor e inflamação no corpo. Ele pode ser usado para tratar sintomas como cólicas menstruais, dores nas costas, musculares e alguns sintomas de resfriado ou gripe, conforme indicado pelo Serviço Nacional de Saúde Britânico.
Entretanto, o ibuprofeno não deve ser tomado por mais de 10 dias consecutivos ou em jejum. Ele é seguro para indivíduos com mais de 17 anos, mas deve ser evitado por pessoas com úlceras estomacais, problemas renais ou cardíacos, pois pode aumentar o risco de hemorragia gastrointestinal e complicações cardiovasculares.
Aspirina
Outro anti-inflamatório não esteroide, a aspirina, é usada principalmente para aliviar dores leves a moderadas, reduzir a inflamação e diminuir a febre. Ela pode ser especialmente útil para pessoas com condições inflamatórias, como artrite, e também pode ajudar a prevenir coágulos sanguíneos.
No entanto, a aspirina deve ser evitada em crianças com menos de 16 anos devido ao risco de síndrome de Reye, uma condição rara, mas grave. Além disso, não é indicada para pessoas com histórico de úlceras gástricas, distúrbios hemorrágicos ou alergias à aspirina.
A escolha do medicamento correto depende das necessidades de cada pessoa, por isso, é sempre importante seguir a orientação médica para garantir a segurança e eficácia no tratamento.
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