Pais de Walewska se manifestam pela 1ª vez após morte da filha: ‘Sempre cuidadosa com todos’

Os pais de Walewska Oliveira se manifestaram pela primeira vez após a morte da campeã olímpica de vôlei. Por meio de uma publicação nas redes sociais, Aparecida e Geraldo lamentaram o “falecimento precoce” da filha de 43 anos e agradeceram as mensagens de apoio neste momento de “imenso sofrimento”. A postagem foi feita na conta oficial da atleta no Instagram, acompanhada de uma foto dela com os pais.

“Foi com imenso sofrimento e pesar que nós, Geraldo e Aparecida, recebemos a notícia do falecimento precoce da nossa filha tão amada. Wal foi uma menina que nunca se afastou da sua origem, sempre humilde e cuidadosa com todos. Fica agora a lembrança da profissional competente, amiga fiel e filha muito amada que ela sempre será. Agradecemos a todos os fãs e amigos pelo carinho e confiamos em Deus para nos dar conforto e aceitação. Pedimos orações e os melhores pensamentos para nossa menina”, diz a publicação.

A missa de sétimo dia de Walewska será realizada nesta quinta-feira. A jogadora morreu no dia 21 de setembro após cair do 17º andar em cima da sacada de um apartamento do primeiro andar. Uma unidade de resgate tentou reanimar a atleta, mas a morte foi constatada no próprio local. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte da jogadora. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial, na zona oeste de São Paulo.

Ricardo Mendes, que foi casado com ela durante 20 anos, não esteve presente no velório e enterro da mulher no sábado, em Belo Horizonte. Segundo ele, sua presença foi barrada pela família da jogadora. Ricardo não estava no local no momento do incidente e foi informado do fato por mensagens instantâneas no grupo do próprio condomínio sobre o ocorrido. Ele e outras duas testemunhas deram depoimento à polícia.

CARREIRA DE WALEWSKA

Natural de Belo Horizonte, Walewska começou sua carreira profissional no vôlei em 1995, atuando pelo Minas Tênis Clube, equipe na qual ficou até 1998, quando foi convocada pelo técnico Bernardinho pela primeira vez para a seleção brasileira. Ela tinha apenas 19 anos.

A jogadora conquistou medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. No ano seguinte, a central ajudou o Brasil a ficar com o bronze na Olimpíada de Sydney-2000.

Depois de um período longe da seleção, ela voltou a ser convocada pelo técnico José Roberto Guimarães e fez parte do time que ficou com o quarto lugar nos Jogos de Atenas-2004. Ela trabalhou com os dois grandes treinadores do vôlei brasileiro: Zé Roberto e Bernardinho.

Depois que se aposentou, Wal, como era chamada, passou a ser “especialista em liderança e alta performance”, como ela mesmo se descrevia, e lançou a biografia “Outras Redes”, o documentário “O Último Ato” e o podcast OlympicMind.

Publicada em janeiro deste ano, a biografia, cujo prefácio foi escrito por Bernardinho, conta as memórias e desafios que a jogadora enfrentou na vida e no vôlei, ao qual se dedicou por 30 anos.

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