SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Acompanhados de turistas, cem moradores de Ouro Preto (MG) formaram o elenco da Procissão do Fogaréu na noite desta quinta-feira (6), em uma celebração religiosa que representa a perseguição sofrida por Jesus Cristo pelos soldados romanos.
A cerimônia começou com concentração no adro da Igreja de São Francisco de Assis, de onde os fiéis saíram em cortejo penitencial até o Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Após tomar a imagem do Senhor de Bom Jesus, simbolizando a prisão no Horto das Oliveiras, seguiram pelo bairro Antônio Dias até a Capela de Nossa Senhora das Dores.
O rito do fogaréu deixou de ser realizado na cidade por mais de 100 anos. A tradição foi retomada em 2019 e apresentada apenas virtualmente nos anos da pandemia. Foi retomada em 2022 e realizada novamente em 2023.
Também nesta quinta, Ouro Preto e outras cidades históricas de Minas Gerais realizaram o lava pés, um dos ritos mais tradicionais da Semana Santa.
A passagem lembra a véspera da Paixão de Cristo, quando ele se reuniu com os apóstolos para a última ceia e lavou os seus pés, em uma lição de humildade.
Em Belo Horizonte, o lava pés foi celebrado pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo na Catedral Cristo Rei. “Não somos um povo sem rumo”, ele disse. “Somos povo de Deus e não caminhamos sozinhos”.
Em Ouro Preto, pela primeira vez depois de dez anos o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, que estava fechado para restauração, voltou a receber celebrações do período mais sagrado da fé católica.
O santuário, inaugurado em 1746, abriga os restos mortais de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e foi reaberto ao público em novembro do ano passado. “É mais um atrativo”, afirma o presidente do Ouro Preto e Circuito do Ouro Convention and Visitors Bureau, Marcio Abdo, sofre o feriado religioso.
Em Mariana, após quase sete anos fechada também para restauração, a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, a mais antiga de Minas Gerais, é outra importante igreja do estado a retomar as celebrações da Semana Santa.
A catedral, conhecida como Sé de Mariana, teve a construção iniciada em 1713 e foi reaberta aos fiéis em dezembro do ano passado.
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