RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Policiais civis e militares realizam na manhã desta quarta-feira (29) uma operação no Multíplice da Maré, zona setentrião do Rio de Janeiro.

 

Há relatos, nas redes sociais, de tiroteios. Até o momento, não há confirmação de mortos ou feridos.

A ação provocou o fechamento dos dois sentidos da avenida Brasil na fundura de Manguinhos, por volta de 4h50, segundo o Núcleo de Operações Rio. A liberação ocorreu às 5h, disse o órgão da prefeitura carioca.

A operação policial é realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo.

A ação, batizada de Conexão Perdida, tem porquê objetivo executar mandados de prisão e de procura e consumição contra integrantes da partido criminosa TCP (Terceiro Comando Puro) do Espírito Santo. Eles utilizariam o território fluminense porquê base estratégica para expandir operações ilegais.

Segundo informações da Subsecretaria de Perceptibilidade do Espírito Santo, o grupo extorquia funcionários de empresas provedoras de internet, chuva e gás, que só podiam atuar nas áreas controladas pela partido mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 milénio.

A investigação também aponta que, para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma mansão lotérica e de um “banco paralelo” -instituição financeira irregular que estaria operando dentro do Multíplice da Maré e oferecendo empréstimos para moradores da comunidade.

“Esses mecanismos não somente lavavam o numerário proveniente do tráfico de drogas sítio, mas também os recursos do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano”, disse o subsecretário de Perceptibilidade da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, em nota divulgada pelo governo fluminense.

As investigações tiveram início em novembro de 2024, posteriormente a prisão de Luan Gomes de Faria na capital capixaba. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos porquê “os irmãos Vera”, são suspeitos de chefiarem o TCP no estado.
“Bruno veio para o Multíplice da Maré posteriormente a prisão do irmão”, diz a nota do governo fluminense.

Além da ação no Multíplice da Maré, também são cumpridos mandados de prisão e de procura e consumição em Bonsucesso, Campo Grande e Laranjeiras, no Rio, e em comunidades de Vitória.

Participam da operação policiais civis e militares do Rio de Janeiro, além de policiais civis de delegacias especializadas do Espírito Santo.

“Esta ação reflete o esforço coordenado entre as forças de segurança do Rio com outros estados para enfraquecer o delito organizado que hoje ultrapassa fronteiras estaduais. O criminoso que vem pra cá se esconder ou fazer escola, será recluso. O Rio de Janeiro não tem espaço para criminosos, seja daqui ou de qualquer outro lugar”, afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

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