RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Only Fans trabalha para hospedar conteúdo de todas as categorias e imagens e vídeos eróticos fazem parte disso, segundo a chefe-executiva da plataforma Amparali Gan. “Garantimos o máximo possível de liberdade, ao mesmo tempo em que verificamos a identidade e pensamos na segurança dos nossos criadores.”
A plataforma oferece uma forma simples e transparente de monetização com o modelo de assinaturas, de acordo com Gan. Para isso, cobra uma comissão de 20% -o Youtube, por exemplo, fica com 15% dos valores de publicidade. O OnlyFans rendeu R$ 51 milhões aos criadores, desde seu lançamento em 2016.
A chefe-executiva afirma que as pessoas têm uma concepção errada sobre a plataforma ao ligá-la apenas a vídeos eróticos. “Temos também atletas de esportes tradicionais e de e-sports, músicos e comediantes. Cada um deles é CEO do próprio canal.”
Em agosto de 2021, a empresa anunciou que passaria a banir qualquer imagem explícita da plataforma, mas voltou atrás. Hoje, segundo Gan, o conteúdo erótico está seguro na plataforma. A plataforma tem cerca de 2 milhões de influenciadores e 188 milhões de usuários.
“Queremos apenas esclarecer esse estigma”, diz a executiva. Ela acrescenta que a plataforma tem protocolos para manter o acesso restrito a usuários com mais de 18 anos. “Todo nosso processo de verificação de contas é feito por humanos, por isso demora.”
Além dos canais por assinatura, o OnlyFans tem um canal de streaming gratuito, a OFTV. Nesse espaço, o site transmite quadros de seus principais criadores e reality shows.
Gan afirma que os criadores também têm outras possibilidades de ganhar dinheiro, interagindo com os clientes via chat privado. “Isso proporcional aos usuários uma forma única de interação com seus ídolos.”
Existem agências especializadas em gerenciar relações de influenciadores do OnlyFans com os usuários e assinantes, para aumentar esses lucros e atender à escala de trabalho.
O Only Fans informou que teve, em 2021, uma receita de US$ 932 milhões (cerca de R$ 4,8 bilhões). Nesse ano, os criadores de conteúdo arrecadaram quase US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 21 bilhões), uma alta de 115% em relação ao ano anterior.
Também houve crescimento nos lucros: de US$ 61 milhões (quase R$ 320 milhões) em 2020 para US$ 433 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) em 2021.
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