SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Investigação conduzida pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na Ucrânia apontou, em relatório publicado nesta quinta-feira (23), que o fotógrafo e documentarista Maks Levin, morto em março, foi executado por soldados da Rússia.
O corpo de Levin, que é ucraniano, foi encontrado no início de abril após três semanas desaparecido. Colaborador da agência de notícias Reuters, ele tinha quatro filhos.
A RSF, que enviou dois membros da equipe para uma missão de uma semana à vila de Moschun, nos arredores da capital Kiev, diz ter obtido evidências de que ele e Oleksi Tchernichov, soldado que o acompanhava, foram mortos à queima-roupa e torturados.
Levin teria perdido seu drone em uma floresta da região quando tentava obter imagens da invasão militar russa. Quanto tentou resgatá-lo, foi capturado pela tropas de Moscou.
Outras evidências, como a posição do corpo de Tchernichov, inidicam que ele pode ter sido queimado vivo, diz a RSF no material de 16 páginas.
O fotojornalista teria sido morto com um ou dois tiros disparados de perto quando ele já estava caído no chão. A RSF contabiliza ao menos oito mortes de profissionais da imprensa por motivos relacionados à profissão desde o início deste ano.
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