O comando da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira, 12, para o quadro da covid-19 na Europa, onde muitos países registram aumento no número de casos da doenças e já começam a considerar a imposição de novas restrições à circulação de pessoas.
Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que na, semana passada, foram confirmadas quase 2 milhões de infecções no continente, o maior número semanal para a região desde o início da pandemia. “Quase 27 mil mortes foram relatadas na Europa, mais da metade de todas as mortes por covid-19 em todo o mundo na semana passada”, comentou.
Tedros Adhanom acrescentou que a escalada de casos ocorre tanto em países com alta cobertura vacinal quanto naqueles em que a campanha de imunização não avançou muito. “Este outro lembrete, como já dissemos repetidamente, de que as vacinas não substituem a necessidade de outras precauções”, pontuou.
Segundo o diretor-geral, a OMS segue recomendando uso “proporcional” de recursos como testagem e distanciamento social. “Com a combinação certa de medidas, é possível para os países encontrarem o equilíbrio entre manter a transmissão baixa e manter suas sociedades e economias abertas”, pontuou.
DESIGUALDADE VACINAL
Tedros Adhanom voltou a exortar os países ricos a evitarem aplicar doses de reforço ou vacinar crianças enquanto muitas nações ainda têm grande quantidade de pessoas sem proteção. De acordo com ele, todos os dias, há pelo menos seis vezes mais doses de reforço sendo aplicadas do que primeiras doses. “Isso é um escândalo que precisa acabar agora”, criticou.
Cientista chefe da Organização, Soumya Swaminathan fez um apelo para que os países deixem produtores de vacinas priorizem entregas de doses ao Covax, o programa da OMS que visa a distribuição igual dos profiláticos.
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