De acordo com o jornal britânico The Sun, cientistas de todo o mundo estão afoitos para tentar saber mais sobre a nova variante nepalesa, que até ao momento ainda só foi identificada num número reduzido de indivíduos.
Porém, devido à falta de triagem no Nepal – país que faz fronteira com a Índia – ainda não está claro o quão prevalecente é a nova variante.
A complexa variante nepalesa inclui um número de mutações que combinam estirpes já existentes.
Segundo os cientistas, a variante do Nepal parece ter evoluído da variante indiana denominada Delta.
É tão recente que até ao momento a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não lhe atribuiu um nome ou a reconheceu oficialmente.
Propaga-se mais rapidamente e é resistente às vacinas?
A variante do Nepal parece apresentar as mesmas mutações da Delta, o que sugere que pode comportar-se do mesmo modo.
Sendo que a Delta é uma variante que se dissemina rapidamente – até 50% mais do que a Alpha, também conhecida por variante britânica ou de Kent – e já provou conseguir eludir alguma da proteção conferida pelas vacinas existentes contra a Covid-19.
Adicionalmente, a variante do Nepal incorpora ainda a mutação K417N, refere Jeff Barrett, Diretor da Iniciativa Genómica COVID-19 no Wellcome Sanger Institute, que monitoriza as diferentes variantes presentes no Reino Unido.
Acrescentando: “esta mutação está presente na B.1.351/Beta [que teve origem na África do Sul], e crê-se que este seja o motivo pelo qual essa variante não seja tão eficazmente neutralizada pelas vacinas”.
“Devido a esta possibilidade, e porque a Delta parece ser mais transmissível do que a Beta, os cientistas estão a monitorá-la com precaução”.
Quantos casos já foram detectados?
Barret aponta que inúmeros casos aparentemente provocados pela variante Delta com a mutação K417N terão sido afinal causados pela variante do Nepal.
“A Delta+K417N já foi vista em vários países, incluindo no Reino Unido, Portugal, Estados Unidos e na Índia”, explicou.
“Foi igualmente observada uma vez no Nepal que apresenta um défice significativo na triagem, e 14 vezes no Japão, das quais 13 são amostras recolhidas no aeroporto de pessoas que tinham viajado do Nepal”.
De referir que o Nepal está atualmente enfrentando a segunda vaga de Covid-19, que atingiu o seu pico no passado mês de maio.
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